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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Um ano


Antes que Novembro acabe e eu comece a colocar uma boas sugestões que tive, vale o registro: este mês o blog completou 1 ano de existência. (êêê) Fazendo um rápido balanço, apesar do ritmo lento do blogueiro, foram mais de 60 posts inaugurais.

Teve de tudo um pouco. Listas comentadas, como a dos 100 melhores personagens da revista Empire, e as elaboradas pessoalmente como as dos carros, motos e aviões. Outras mais virão.

Teve post sobre filmes que passaram (como Última Parada 174, Quem Quer Ser Um Milionário,Presságio, Anjos e Demônios, Distrito 9) e filmes que poderiam ter passado (como o Independence Day Nacional, a nova saga do Exterminador do Futuro, Thundercats e Tartarugas Ninja).

Existiram momentos de revolta, ira e incompreensão... E também momentos de divagações sobre presente, futuro e passado, corpo e mente. Não faltaram ponderações diretas sobre a sétima arte... De premiações a fórmulas, de comédias a filmes-catástrofe.

Alguns dias comemorativos foram registrados: além do já citado Dia da Independência, foram lembrados o Dia dos Namorados, os dias dos pais, e dias específicos como os aniversários de dois personagens e a chegada do homem à lua.

Teve um bocado de post-relâmpago e, como não lembrar?, enquetes, que também renderam um, dois ou três comentários.

Sobrou até um pouquinho pra diversão on-line, games, teatro e artes plásticas. Sem falar no esporte: basquete e futebol. Este último creio que terá pouco espaço daqui pra frente. Evolução da espécie.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Oh my dog!


Produtores "discutem" um roteiro que acabaram de ler.

-E o garoto que toca o sino?
-Que garoto? Que sino?
-O garoto que corre para tocar o sino e avisar a cidade quando a mina desaba. E se ele tivesse alguma doença?
-Uma doença?
-Como um aparelho nas pernas.
-Mas ele corre...
-Pode mancar.
-Esqueça a doença, ninguém gosta.
-É deprimente.
-Espanta o público.
-Esperem, tenho uma idéia. E se déssemos um cão pra ele?
-Um cão?
-Um fiel companheiro que trabalha a seu lado na mina de carvão... A mina desaba e só o cão consegue sair.
-Porque cães são menores.
-E o cão desceria a colina e tocaria o sino.
-Caramba, isso é lindo.
-Fiquei emocionado.
-Todos adoram cães.
-Em vez de uma doença, o garoto terá um cão?
-Esqueça o garoto. Não vai ter nenhum garoto. O garoto é o cão.
-Pode ser o que o filme precisa.

Esta é uma versão resumida do divertido diálogo (que mais parece um típico texto do Luis Fernando Veríssimo) que dá início a Cine Majestic. E, embora esta história se passe em 1951, a conclusão da conversa ainda parece expressar bem o sentimento dos produtores de Hollywood de hoje em dia. Em filmes-catástrofe pelo menos.

São inúmeros os clichés em filmes do gênero: o cidadão comum que adquire força e velocidade descomunais e escapa de situações incabíveis; os veículos indestrutíveis dos protagonistas; os coadjuvantes antipáticos que acabam morrendo; o mocinho que parece ter morrido mas ressurge das cinzas; e por aí vai. Mas se tem um que particularmente irrita ao extremo é o do cachorro que se salva milagrosamente do desastre.

Estas sequências foram criadas para criar um apelo emocional ao público (americano, pelo menos), mas acabam não passando de situações absurdas e, se analisadas friamente, de mau gosto. Quem pode se sentir feliz ao ver o cãozinho de O Inferno de Dante se salvar pouco depois de uma avó derreter viva em larva incandescente em frente à sua família? Ou então ver um pai se sacrificar, criando um trauma de vida na filha, só para não deixar o cachorro ser levado por um tornado em Twister? E a lista de exemplos continuaria, Daylight, Volcano, Independence Day, 2012 (que foi o catalisador deste post)...


Vez ou outra surge um Steven Spielberg, um Tim Burton ou um M. Night Shyamalan para dar o gosto de ver a regra sendo quebrada em um Mundo Perdido: Jurassic Park, um Marte Ataca ou um Sinais da vida. (Ok, não dá muito gosto ver Marte Ataca, mas pelo menos - para fins de fugir do cliché - dois cachorros morrem).

Por outro lado, surge também um Eu Sou A Lenda que "quebra a regra", mas só para tentar potencializar o lado emotivo. E o público (americano, pelo menos) vai às lágrimas ao se dar conta que Will Smith perdeu seu melhor amigo (amiga, no caso). E provavelmente todos comiam pipoca animados e felizes enquanto Will Smith perdia sua família.

Simplesmente não faz sentido milhares, milhões ou mesmo bilhões de pessoas serem mortas e o conforto e o consolo virem com a salvação de um bichinho de estimação. A ocupante do banco de trás do cinema não precisa fungar de tanto chorar com a morte das pessoas, afinal estes filmes são para entretenimento puro, mas também a turma da frente não precisa bater palmas e regozijar-se em êxtase com a salvação do cachorrinho.

Srs. produtores, nem todos adoram cães. Da próxima vez tentem salvar as tartarugas marinhas, sei lá. Ou o relógio da torre. Ou Ferris.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Goiabada com Maionese


Tem algumas coisas que não combinam... Simplesmente.

Este post será histórico, pois acho praticamente impossível terem oportunidade de ler novamente o que eu vou escrever: estou feliz que um projeto do Spielberg tenha sido cancelado. Vejam bem, eu sou o cara que, como meu irmão costumava dizer quando criança, se o Spielberg lançasse um filme intitulado "A Planta Que Não Se Mexe", em que se veria uma mesma cena com uma planta estática durante duas horas , eu acharia o filme uma maravilha. Mesmo antes de assistí-lo. Em outras palavras, qualquer "próximo filme" do mestre pra mim é motivo de grande expectativa.

Pois semana passada saiu a notícia que o projeto hollywoodiano de Oldboy, que seria dirigido pelo Spielberg e estrelado por Will Smith, não vai mais acontecer. A comunidade cinéfila comemorou e, admito, eu também. Por motivos diferentes, talvez, mas o fato aconteceu.

Para quem não conhece, Oldboy é um filme koreano de 2003 que rapidamente se tornou um cult da sétima arte. O filme acompanha a história de um cidadão comum que é sequestrado, aprisionado em um quarto com uma TV e, sem quaisquer explicações, solto após 15 anos. É quando se inicia uma violenta história de vingança. Particularmente, eu só tive interesse de vê-lo quando comecei a encontrá-lo recorrentemente mencionado em artigos e listas sobre filmes com reviravoltas surpreendentes no final.

Considerado por muitos como uma obra definitiva, houve muita crítica quando, praticamente um ano atrás, foi anunciada uma refilmagem hollywoodiana com estes dois grandes nomes para sustentar a produção. O alvoroço foi tão grande que os produtores trataram de divulgar em seguida que o novo filme não seria uma releitura do filme koreano, mas sim uma adaptação direta do mangá japonês original que servira como fonte para a cultuada película.


Desconheço o conteúdo do mangá, mas acredito que não seja lá tão diferente do filme. E, analisando o que conheço, confesso que fiquei confuso com a notícia da refilmagem. Não é que os dois não conseguiriam lidar com a temática ou a violência da história, mas existem aspectos peculiarmente incômodos na trama que são muito distantes de quaisquer outras coisas que ambos tenham feito. Não há como discorrer sobre o assunto sem entregar elementos chaves do enredo, especialmente a tão falada reviravolta (ou reviravoltas), mas colocando em poucas palavras: não combina em nada a essência de Oldboy com Spielberg (e Smith).

Talvez eu até tenha tido uma curiosidade bizarra para saber que tipo de mudanças fariam para Oldboy se adaptar ao estilo da dupla. Mas acho que para o bem de todos (cinéfilos encrenquinhas, Spielberg e fãs de Spielberg), ficaremos somente no aguardo de outros filmes, como (quem sabe?) aquele lá da planta imóvel.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Padinciço!!!


Tem um outro blogueiro aí que insiste em errar propositalmente o nome deste conceituado blog e chamá-lo de "Padinciço".

Bom, então vai uma notícia temática para deixá-lo feliz: O livro "Padre Cícero: Poder, Fé e Guerra no Sertão", que será lançado amanhã, vai virar filme com previsão de lançamento no primeiro semestre de 2011. O diretor será Sérgio Machado ("Cidade Baixa") e Wagner Moura é um dos nomes cotados para viver o personagem-título.



quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Exterminador à venda


A Halcyon Company comunicou que está indo à falência e que em Janeiro vai leiloar os direitos de O Exterminador do Futuro. Os grandes estúdios já demonstraram interesse na aquisição da rentável franquia. Com isso, a história da Skynet, da família Connor e dos Tx pode ganhar rumos totalmente novos.


Como ficaria um próximo filme se o novo "dono do Exterminador" desse liberdade criativa para algum diretor renomado?

Quentin Tarantino:
Terminator: Attack of the Bad Machinef*****s seria centrado em uma gangue de humanos aniquiladores de Exterminadores que usaria a estrutura não-linear da narrativa para viajar no tempo. O clímax aconteceria em um duelo mexicano com um T-69 utilizando uma espada japonesa para eliminar os f*****s que ainda estivessem inteiros. Com Michael Madsen, Harvey Keitel, Tim Roth, Samuel L. Jackson e, na tentativa de reavivar sua carreira, Arnold Schwarzenegger.

Tim Burton:
Terminator: Dawn of Halloween
narraria uma tentativa frustrada de rebelião humana que aproveitaria as fantasias do Dia das Bruxas e infiltraria na gótica Skynet. Os Exterminadores seriam feitos em stop-motion em cenas mescladas com atores reais. Com Johnny Depp, Helena Bonham Carter e Christopher Lee. Música de Danny Elfman.

M. Night Shyamalan:
Terminator: The Colony se passaria numa pequena colônia humana isolada nos arredores da Filadélfia do mundo pós-apocalíptico dominado pelos Exterminadores. No final do filme, porém, para espanto de toda a platéia, seria revelado que na verdade as máquinas são seres extra-terrestres e que esta colônia humana não estava na Terra, e sim no planeta dos Exterminadores! Trilha sonora de James Newton Howard.

Pedro Almodóvar:
Terminadores En Pasión acompanharia o bizarro, mas poeticamente belo (segundo os críticos), relacionamento amoroso de um Exterminador gay com uma humana lésbica, enquanto tentam contornar as desavenças de suas problemáticas famílias. Com Javier Barden, Antonio Banderas e Penélope Cruz.

Fernando Meirelles:
Exterminador do Futuro Já Começou trataria de um grupo de Exterminadores sendo enviado de volta a 2016 para salvar as Olímpiadas do Rio. Enfrentado uma artilharia pesada de traficantes, suborno de políticos, e a tentação da perigosa combinação de pagode, mulher e cachaça, a missão das máquinas fracassaria. Com Matheus Nachtergaele, Lázaro Ramos e Alice Braga.