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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Onibusfobia


Pegar ônibus parou de ser interessante: antes se economizava R$ 1,50, ao ler um Estado de Minas sobre o ombro do passageiro do lado; agora se economiza apenas R$ 0,25, pois o pessoal insiste em só comprar esses jornais sensacionalistas, como o Super Notícia.

O lance é que se tem a opção de simplesmente não ler as porcarias dos demais passageiros. Mas ouvir, não há como evitar:

- O diretor disse que a maior dificuldade foi achar um vilão que fosse à altura do Coringa.
- Ah, não tem como.
- Então ele investiu pesado em efeitos especiais.
  (como é que é a lógica???)
- Por quê? Não conseguiu um ator bom?
  (sério que faz sentido?)
- Conseguiu. Mas bom ator mesmo é o que faz o Batman. E ele disse que este papel foi a melhor coisa que aconteceu na carreira dele.
  (ele disse isso antes ou depois de ganhar um Oscar?)
- É verdade, mas ele já começou bem. Com O Nome da Rosa ele já começou atuando ao lado de Sean Connery!
  (jesus! ah, é tudo "christian"mesmo, né?)
- Pois é... Ele fez um outro filme muito bom também... De mágico. É ele contra aquele ator que fez o Wolverine.
- Ah!... O Ilusionista!
- Esse mesmo!!! Muito bom.
  (nãão!!! moço, me dá um Super Notícia, rápido!)


domingo, 15 de julho de 2012

Coleção Rocky Completa


No estilo Facebook...


terça-feira, 10 de julho de 2012

A Marvel em apuros


Os Vingadores ganhou a simpatia da crítica e rendeu perto de US$ 1,5 bilhão no mundo inteiro, tornando-se a 3a. maior bilheteria da história. Com isto a Marvel pode relaxar que o leite dos meninos está garantido para as próximas décadas, certo? Bem, até pode, mas não deveria.

Só o sucesso de um filme não garante a longevidade (dos lucros) de uma franquia. Nenhuma continuação daquele que é considerado o primeiro blockbuster da história, Tubarão, conseguiu respaldo de público ou crítica. Os executivos insistiram até o quarto segmento, na expectativa de espremer alguma coisa na carona do original. Mas, o mundo teria sido bem melhor se nenhuma continuação tivesse existido. Inclusive para a Universal Studios.

Para quem acredita que é impossível um fracasso similar dos derivados de Os Vingadores, basta lembrar do Titanic (o navio que nem Deus afundaria, não o filme) e analisar os seguintes pontos que podem colocar a Marvel em apuros:


1) A interdependência das histórias

A Marvel fez um bom trabalho ao criar um alicerce (e um clima) com os filmes que antecederam Os Vingadores. Mas, e agora? Homem-de-Ferro 3 já está sendo filmado e as sequências de Thor e Capitão América já estão em pré-produção. Como fazer para que os espectadores não tenham o impulso de questionar as situações em que os heróis se encontrarem em seus filmes-solo? "Pô, Homem-de-Ferro, você ficou amigão do Bruce Banner... Chama o Hulk aí pra te dar uma mão!" "Ô Capitão-América mané! Se o Gavião Arqueiro aparecer pra meter flecha nessas caras, você manda escudo naqueles outros ali e tudo se resolve!" A solução está no desenvolvimento de roteiros bons e cuidadosamente preparados, porém quando um estúdio já monta um cronograma de lançamento de continuações sem nem ter roteiristas definidos ainda, a desconfiança fica grande.

Thor 2 já tem um problema que fatalmente se estenderá a todo universo Marvel no cinema, caso não haja um planejamento definido. Sem colocar spoilers, basta apontar que os eventos ocorridos com o personagem título e Loki, após o final de Thor, parecem ter sido ignorados em Os Vingadores. Então a continuação "perderá" tempo explicando o que ocorreu nesta linha do tempo, correndo o risco de entediar o público com a sensação de "já sei como isso termina"? Ou a abordagem será de continuar diretamente de onde Os Vingadores acaba, correndo o risco de deixar a franquia de Thor sem continuidade ou coerência lógica?

À medida que a teia de histórias começa a crescer, mais difícil fica de amarrar todas as pontas.

2) Os vilões (quais?)

Ao final de Batman Begins, o futuro comissário Gordon entrega a Batman o cartão de visita da próxima ameaça a Gotham: uma carta de baralho, o Coringa. Com esta simples imagem, já está estabelecida a expectativa para o próximo filme. Enquanto a DC Comics possui vários vilões no consciente coletivo pop, pouquíssimas pessoas sabem nomear algum nêmesis da atual formação dos Vingadores. Quase ninguém saiu do filme do homem-morcego com dúvidas do que estava por vir, mas a grande maioria que viu a cena "pós"-créditos de Os Vingadores ficou sem saber exatamente do que se tratava. Somente os mais aficionados identificaram o megavilão dos quadrinhos, Thanos, deram sentido para o monólogo e se empolgaram com as possibilidades futuras. Mas, será que é possível fazer um filme na mitologia do Thanos que agrade ao público geral que gostou de Os Vingadores? Thanos é um titã, um ser de outro planeta, que nas HQs travou batalhas intergalácticas com os heróis da Marvel, cortejou a Morte (literalmente, personificada) e chegou a dizimar metade dos seres do universo só para impressioná-la (!?!?). Um pouco exagerado para vir na sequência de uma batalha aos arredores da Torre Stark, não? E Capitão América, Viúva Negra e Gavião Arqueiro colocariam roupinha de astronauta para lançar escudo, dar tiro e soltar flecha no vácuo? Contra um alienígena megapoderoso???

Mesmo que o bom senso reine e Thanos fique de lado por enquanto, a Marvel ainda continua sem vilões que "chamem" o público. A solução seria, diriam os fãs, partir para a linha da "Crise Infinita", aquela que nos quadrinhos trouxe os heróis travando uma guerra entre si. Mas, herói contra herói não foi o que já rolou em pelo menos metade de Os Vingadores? Mesmo responsáveis pelas melhores partes do filme (talvez por falta de "bons" vilões?), simplesmente repetir ou expandir os pontos fortes do primeiro raramente é uma boa saída para uma continuação. E, sinceramente, não é possível fazer uma 'guerra' entre apenas seis personagens... Então basta acrescentar outros personagens famosos da Marvel para alcançar sucesso. Claro! Mas...

3) Os malditos contratos

Antes de ser adquirida pela Disney, a Marvel já tinha cedido a Sony e Fox os direitos cinematográficos de Homem-Aranha, Motoqueiro Fantasma, X-Men, Quarteto Fantástico e Demolidor (o herói cego, não o Stallone-e-o-caso-das-três-conchas). Como os estúdios rivais não abrem mão da oportunidade de lucrarem com suas propriedades individualmente, a Marvel não pode usar estes heróis, nem seus vilões, nos filmes sob a batuta da Disney (como é o caso dos Vingadores).

Além disso, os contratos de múltiplos filmes com os atores trazem dois tipos de efeitos colaterais indesejados: a) o baixo nível de elemento surpresa e b) a dependência do desenvolvimento das histórias à renovações contratuais.

O efeito de a) fica em evidência com a divulgação que Chris Evans e Mark Ruffalo, por exemplo, têm contratos para seis, nove filmes com a Marvel. Quando Christopher Nolan anuncia que encerrará sua trilogia de Batman com O Cavaleiro das Trevas Ressurge e ainda escala Bane, um vilão que nos quadrinhos deu um destino trágico ao herói, a expectativa fica grande, pois qualquer coisa pode acontecer. Agora, se já é sabido que determinado personagem vai necessariamente aparecer em pelo menos mais quatro, oito filmes, o que está em jogo?

Já b) tem nome, sobrenome e um Jr na frente. Homem-de-Ferro 3 marca o fim do contrato de quatro filmes que Robert Downey tem com a Marvel. com isto, a produtora vai ter que desembolsar uma gorda quantia de dinheiro para não ter que partir para uma das duas opções: trocar o intérprete de Tony Stark (péssima saída  para qualquer franquia) ou propor uma nova formação para o grupo de heróis (tendo que, arriscadamente, apelar para personagens "B", já que os conhecidos já citados não podem ser usados). E enquanto esta situação toda não se resolve, o roteiro de Os Vingadores 2 não pode ser desenvolvido, ameaçando a criar mais um integrante da lista de continuações arruinadas por roteiros escritos (ou remendados) às pressas. 


Enfim, se não for muito bem cuidada, a fonte pode secar e a Marvel pode se ver enfrentando sua própria Crise Infinita.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Show de Quem?


Parte de um projeto do SESC Belenzinho em que bandas resgatam um disco clássico de sua discografia para uma série de shows, o Pato Fu vai tocar o repertório do álbum "Gol de Quem?", no final de Julho em São Paulo.



Particularmente, apesar de já acompanhar a banda na época deste ótimo CD de 1994, torço pra o show chegar a BH também. Aliás, iria ao show de qualquer álbum das antigas que o Pato Fu resolvesse tocar.

PERGUNTA: Se você pudesse escolher um álbum para um artista ou banda resgatar em um show hoje em dia, qual escolheria? (Até vale pensar em reunião da formação da época, mas tem que ser factível, ou seja, não vale ressuscitar ninguém! - o que, pra mim, elimina Beatles e Queen, de cara).

Acho que eu ficaria com um desses cinco...

Brothers in Arms (1985) - Dire Straits
Marvin the Album (1994) - Frente!
Se não Guenta, Por Que Veio? (1998) - Maskavo Roots
Tá na boa (1999) - Tianastácia
Estamos Adorando Tóquio (2000) - Karnak

E aí?