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quinta-feira, 27 de abril de 2017

The circle of life goes on...


25 de Abril de 2017, 15:12



segunda-feira, 24 de abril de 2017

O inimigo agora é outro

Homeland é fora do comum.

Após concluir satisfatoriamente um arco principal que foi o condutor de suas três primeiras temporadas, a série conseguiu se reinventar e voltar igualmente relevante e tensa em suas quarta e quinta temporadas. Seu sucesso se sustenta principalmente em bons personagens, amparados por excelentes atuações e roteiros redondos, que entretêm ao mesmo tempo em que discutem temas atuais.


Quando a corrida presidencial estadounidense ainda estava em sua fase inicial, foi anunciado que a sexta temporada acompanharia os momentos logo após a eleição da primeira presidente mulher nos EUA. Assim, com Hillary Clinton liderando as pesquisas de intenção de voto e Donald Trump parecendo um pesadelo distante e improvável, tudo indicava que Homeland retornaria mais pertinente do que nunca. A eleição de Trump e a mudança de cenário na série geraram desconfiança, mas, mesmo com dois primeiros episódios mornos, a temporada provou que a ficção não precisa seguir fielmente a realidade para tocar nas feridas certas. Ou que tocar nas feridas erradas é igualmente eficaz.

E a série da Showtime também consegue escalar a tensão em dramas mais pessoais, fazendo de situações dentro de um lar ou em um tribunal verdadeiras bombas-relógio e que, mesmo sem explosões literais, acabam despedaçando emocionalmente personagens e espectadores. O elenco, liderado por Claire Daines, continua afiado e a temporada ainda permite a Rupert Friend dar uma nuance a mais para seu Peter Quinn. Indicações ao Emmy e ao Globo de Ouro para ele seriam mais que merecidas.

Quem abandonou a série em algum momento, apostou errado. Entre altos e baixos, Homeland ainda vale pelos seus vários e significativos altos.


Homeland (6a.Temporada), 2017




domingo, 23 de abril de 2017

O perigoso chefinho


Hoje, dois dias depois de ter ido a cinema e dois dias antes da data marcada para seu irmãozinho chegar ao mundo, meu filho me perguntou: "E se ele [o irmãozinho] for igual ao Poderoso Chefinho?"

A pergunta veio de forma natural e sem qualquer sinal de receio ou ciúme. Não dá para saber se ele se referia ao elemento temático do filme, de que irmão mais velho sempre teme que o caçula vá chegar tomando seu espaço - físico, na casa, e figurado, no coração dos pais -, ou se referia à uma manifestação literal da alegoria usada no filme: de um bebê já falando e se portando como um adulto.


Seja qual for, ambos materializam a inquietação que tive com esta mais recente animação da DreamWorks. De cabo a rabo, o filme traz situações e ideias (mesmo que sob a imaginação de uma criança de 7 anos) preocupantes, considerando seu público alvo. A mensagem final é recompensadora, mas quase tudo até ali beira o inadequado. Talvez o filme seja na verdade destinado a uma plateia um pouco mais madura, como foi Olhe Quem Está Falando na década de 1980, mas os realizadores não contaram isso pra ninguém e o venderam como um filme infantil. Sim, ao longo da projeção os pequenos se divertem, mas a DreamWorks não é nenhuma Pixar e falta muita sensibilidade e cuidado em suas abordagens.

O alento é que, se conseguirem deixar a apreensão de lado, pelo menos os pais podem se divertir um pouco junto, principalmente com as incansáveis (e muitas vezes escondidas) referências culturais e cinematográficas.


O Poderoso Chefinho (The Boss Baby), 2017




quinta-feira, 20 de abril de 2017

Smurfs e a uma hora e meia perdida

(voz de Sérgio Chapelin)

Esta noite no Globo Repórter...

(tema musical clássico do Globo Repórter)

Smurfs.

De onde vieram? Para onde vão? Onde vivem? Como se reproduzem? Por que cada um tem um nome associado à uma característica? É o nome que define cada um, ou é o contrário? Eles são os únicos de sua espécie no mundo?


No filme de hoje, Smurfs e a Vila Perdida, você vai conhecer o estranho caso da comunidade que só tem Smurfs meninas (spoiler! - whatever). Além de todas as suas perguntas usuais não serem respondidas, mais perguntas surgirão.

Você vai ver também um Gargamel totalmente sem graça e apenas dedicado à vilania em uma trama mais que batida. E vai se espantar como que os realizadores acreditam que filmes infantis de hoje em dia não precisam de substância e que basta tornar o mundo azul mais colorido e agitado, inserindo humor físico para arrancar risadas fáceis dos pequenos.

Tente não se entendiar... esta noite, no Globo Repórter.

(fade out do tema musical)


Smurfs e a Vila Perdida (Smurfs: The Lost Village), 2017




quinta-feira, 13 de abril de 2017

Nunca canso de ouvir


E ver isso ao vivo, desse jeito, seria mágico:


Mais sensacional seria se fosse o próprio John Williams ali fantasiado.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Lei de Lavoisier no cinema?


Hollywood fez uma refilmagem de O Segredo dos Seus Olhos, o longa argentino vencedor do Oscar de Filme Estrangeiro em 2010. Hollywood está fazendo uma refilmagem de Intocáveis, o longa francês indicado ao Globo de Ouro de Filme Estrangeiro em 2013. Hollywood vai fazer uma refilmagem de Toni Eerdmann, o longa alemão indicado ao Oscar de Filme Estrangeiro esse ano.

Os exemplos são inúmeros e as reações são sempre as mesmas: "Desnecessário!"; "Pra quê???"; "Não tem como ser melhor..."; "É preguiça de ler legenda?".

Malditos americanos. Certo?

Hmmmm...

Aí, num clica aqui, clica ali do IMDb a pessoa descobre a existência de Gôsuto:


Sim, uma refilmagem japonesa de Ghost: Do Outro Lado da Vida.



E com uns cliques a mais:





Isso só pra pegar umas amostras do eixo China/ Japão.

Se for verificar o que se passa na Índia, são incontáveis as releituras americanas feitas por Bollywood.

Alguns exemplos?






É... agora a turma do Tio Sam não parece tão má assim.