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sexta-feira, 26 de junho de 2020

Wes, Bong e Taika entram num bar...


Só para registro das notas, mesmo:

Resolvi revisitar minha lista de pendências antigas e reparei que tinha a oportunidade de fazer algumas sessões duplas curiosas. 



Uma foi que percebi que duas obras de Bong Jon-hoo já estavam esperando por mim antes dele despontar no Oscar com Parasita. Um era seu segundo longa na carreira, uma mistura estranha (mas que até funciona bem) de filme de investigação com comédia e drama pesado, e o outro, após um salto de dez anos, o seu primeiro fora da Coreia, um filme de ação sólido com críticas sociais nada sutis. 

Memórias de um Assassino (Salinui Chueok), 2003




Expresso do Amanhã (Snowpiercer), 2013




A outra foi de dobradinha de Wes Anderson com Bill Murray que, no fim das contas, não me impressionou. Algumas escolhas narrativas foram tratadas com pouquíssima sensibilidade em ambas produções, fazendo um desserviço ao tom absurdo peculiar de suas comédias. 

Três é Demais (Rushmore), 1998




Os Excêntricos Tenenbaums (The Royal Tenenbaums), 2001







Mais um que notei que também não dei a devida atenção na época foi Taika Waititi. Porém Jojo Rabbit foi o gatilho para que eu criasse essa oportunidade de riscar da lista as duas produções  que haviam colocado o diretor no meu radar. Duas comédias distintas, uma mais engraçada do que eu imaginava e outra mais tocante do que eu esperava.

O Que Fazemos nas Sombras (What We Do in the Shadows), 2014




A Incrível Aventura de Rick Baker (Hunt for the Wilderpeople), 2016




domingo, 14 de junho de 2020

Vietnã, vastidão e variação do mesmo tema



Preparado para ver mais um filme sobre a Guerra do Vietnã, acabei sendo surpreendido positivamente por Destacamento Blood, justamente por não ser mais um filme sobre a Guerra do Vietnã. Delroy Lindo entrega uma atuação digna de Oscar e Spike Lee cria um longa que entretém, sem deixar de ser revelante no cenário atual mesmo que, mais uma, vez pese a mão com as inserções de imagens reais. Estas parecem inseridas somente para fins didáticos, para chocar ou para pontuar posicionamentos que algumas vezes não têm relação direta com a cena e acabam tirando o espectador do estado de imersão na história.

Destacamento Blood (Da 5 Bloods), 2020





Remontando com precisão o clima dos filmes de ficção científica da década de 1950, que se valiam do terror de uma invasão alienígena como metáfora para a paranoia da ameaça comunista, A Vastidão da Noite é um achado em que a direção segura e inventiva de Andrew Patterson traz a perspectiva de uma carreira promissora para este estreante em longas. Embora não se beneficie em ser um "episódio à la Além da Imaginação dentro do filme" e apresente um desfecho um tanto anticlimático, a produção de baixo orçamento traz muito valor ao que apresenta em tela e vale uma conferida.

A Vastidão da Noite (The Vast of Night), 2020






Um dos vários lançamentos previstos para o cinema  este ano e que foram direto para o streaming, no caso Netflix, Um Crime Para Dois é uma comédia que depende exclusivamente do poder cômico da dupla principal, Issa Rae e Kumail Nanjiani. Nesse aspecto funciona muito bem, mesmo que pareça que Kumail está interpretando o mesmo personagem do (superior e do mesmo diretor) Doentes de Amor (ou seja, ele mesmo). No geral, o filme diverte ainda que faça lembrar em vários aspectos o (melhorzinho) A Noite do Jogo.

Um Crime Para Dois (The Lovebirds), 2020