Pesquisar neste blog:

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Nada de tão antigo, nada de tão novo

 

Com uma produção impecável e uma ambientação perfeita, Mank mergulha na Hollywood do final dos anos 1930 - início dos anos 1940, com a história do roteirista Herman J. Mankiewicz enquanto desenvolvia o roteiro de Cidadão Kane para Orson Welles. Apesar de ser um encanto absoluto para os cinéfilos de plantão, o filme se concentra em figuras pouco conhecidas do grande público e falha em criar um elo emocional com os personagens com um subdesenvolvimento dos mesmos na narrativa. Estão perdoados todos que derem longas bocejadas. Cochilar já é exagero.

Mank (idem), 2020




Com uma tradicional dinâmica de gato e rato e pouco a acrescentar sobre a dependência afetiva entre mãe e filha, não há nada especificamente novo em Fuja, suspense que usa as obras mais minimalistas de Stephen King como inspiração. Mas há a coragem da escolha (acertadíssima) de se escalar uma atriz cadeirante para o papel de uma personagem confinada a uma cadeira de rodas. Kieran Allen dá um show de fisicalidade e intensifica ao máximo a tensão das cenas, ofuscando até mesmo a talentosa Sarah Paulson.

Fuja (Run), 2020




A estrela veterana Sophia Loren e o estreante mirim Ibrahima Gueye formam a dupla central de Rosa e Momo, drama italiano sobre o improvável laço entre uma ex-prostituta sobrevivente do Holocausto e um órfão refugiado do Senegal. Apesar das atuações brilhantes, a história é dolorosamente previsível e o diretor, filho de Loren, constrói a trama em cima de clichés, enquanto dá uma maquiada (e talvez até uma glamourizada) em algumas duras realidades.  Impossível não imaginar que este filme pode ter visibilidade no Oscar e não lamentar, por comparação, o destino de Central do Brasil

Rosa e Momo (La vita davanti a sé), 2020




Nenhum comentário:

Postar um comentário