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quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Aparências e relacionamentos enganam


Como se fosse um "isso os filmes de gângster não mostram", I'm Your Woman segue a mulher de um criminoso alheia à extensão do perigo que a cerca e que repentinamente vê sua vidinha limitada socialmente ser sacudida. A direção de Julia Hart dá um ritmo mais lento para a maior parte do filme e, mesmo arriscando parecer um pouco arrastado, toma esta decisão para servir a um propósito narrativo. Bacana também ver Rachel Brosnahan em (mais) uma atuação sólida e bem diferente de sua Maravilhosa Sra. Maisel.

I'm Your Woman (idem), 2020






Colocar os próprios personagens para narrar ou comentar a cena em que estão não é uma novidade, mas em Wander Darkly a diretora-roteirista Tara Miele utiliza o recurso de uma forma orgânica e genial, ajudada por uma edição precisa e pela ótima química entre Diego Luna e Sienna Miller (em uma atuação marcante). O filme tem seus deslizes, mas funciona bem tanto como thriller "sobrenatural x confusão mental" quanto drama romântico. Aplausos adicionais para o trabalho da diretora de fotografia brasileira Carolina Costa.

Wander Darkly (idem), 2020




Parecendo até um O Lobo de Wall Street cru e realista, The Nest foca nas aparências "exigidas" aos que trabalhavam com o mercado financeiro nos meados dos anos 1980 e nos efeitos destas em suas vidas, em suas famílias. Só que o filme demora a mostrar a que veio e só prende pela expectativa de que algo está para acontecer, pois... algo tem que acontecer, certo? O arco dos protagonistas é pouco satisfatório, mas a produção ganha pontos ao acertar as pegadas emocionais e ao evitar clichês do gênero.

The Nest (idem), 2020




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