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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Um custo qualquer


A Qualquer Custo recebeu quatro indicações ao Oscar. Metade merecida (roteiro e ator coadjuvante), metade nem tanto (filme e edição).

As paisagens do Texas, o comportamento dos personagens e a trama principal (assalto a bancos) dão o recado: trata-se de um faroeste moderno. A ambientação em um país em plena crise dá uma relevância maior à história, tornando mais pessoal a identificação do público nacional com o filme. 


Os dois pontos altos da produção são realmente o roteiro original de Taylor Sheridan e a atuação em geral, com destaque para o coadjuvante indicado Jeff Bridges. A narrativa em si não tem nada de especial, mas o forte do roteiro não é a história e sim os diálogos. Todos os personagens parecem estar afiados e o filme parece ser uma metralhadora de tiradas. Muitas memoráveis, como "eu vi roubarem aquele banco - o mesmo que vem me roubando por 30 anos". Pena que não servem a um propósito maior.

O longa começa de fato empolgante, prometendo algo diferente, mas falta ritmo e logo começa a arrastar (lastimável para um filme de apenas 01h40m - parte culpa da edição), chegando a um ato final bem comum. Por vezes tenta emular Onde os Fracos Não Têm Vez, mas não tem a inquietude, a originalidade, nem o estilo da obra dos irmãos Cohen, vencedora do Oscar de Melhor Filme. Nunca será.


A Qualquer Custo (Hell or High Water), 2016




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