Desde antes mesmo das suas 8 indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme, Moonlight: Sob a Luz do Luar vinha causando sensação no circuito independente. É sem dúvida um filme ao mesmo tempo forte e sensível que, com excelentes atuações e bela fotografia, tem o mérito de dar vozes a temas muito importantes para o mundo atual.
Porém, é preciso saber separar as coisas. Um ponto é a relevância do que está sendo dito e outro completamente diferente é o como está sendo dito, o resultado em formato de filme. Assim, preciso fazer a perigosa confissão de que de uma forma geral não gostei de Moonlight. E não se trata de qualquer tipo de preconceito. Já tive os mais variados níveis de apreciação por outros filmes que eram predominantemente de atores negros e/ ou que tratavam de homossexualidade, de pobreza, de bullying, de vício em drogas. Mas, esse não me cativou tanto.
Com essas escolhas narrativas que moldam o ato final, Barry Jenkins acaba sendo um reflexo de seu lacônico protagonista e se apresenta inseguro em tomar uma posição ou emitir uma opinião verdadeira. O que só enfraquece o filme.
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