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sexta-feira, 17 de julho de 2020

Comédia, terror e ficção em tempos de repetição, isolamento e repetição



Considerando que as reinvenções (ou reboots) de Hollywood pegam um título ou um conceito de um filme reconhecido e enchem de atualidades e novos personagens, pode-se dizer que a nova comédia de Andy Samberg é um reboot de Feitiço do Tempo, mesmo sem ser. Embora Palm Springs tenha aqui ou ali uns bons momentos, o fato é que as desventuras de um cara preso em um mesmo dia que ele detesta sempre parecerão tentativas (sempre frustradas) de recapturar a magia do clássico com Bill Murray. Se sobrou um tempinho no seu dia, melhor simplesmente rever o original.

Palm Springs (Palm Springs), 2020






Seis anos depois de O Babadook eis que surge mais uma diretora australiana fazendo sua estreia em longas-metragens com um terror sólido e fortemente carregado de drama psicológico. Com atuações marcantes do trio principal de atrizes, Relic vai escalando a tensão e abraçando o terror sobrenatural gradativamente, mas acaba, no mesmo passo, escancarando sua metáfora. Enquanto Babadook pedia do espectador um pouco mais de reflexão, este seu conterrâneo expõe seu tema de uma forma bem direta, mesmo que numa conclusão totalmente alegórica.

Relic (Relic), 2020






Para completar a onda, assisti a um filme que é sobre... um casal preso em uma casa, sem contato qualquer com o mundo externo. Com pouco assunto e não conseguindo se esquivar da repetição, Vivarium poderia muito bem ter uns 40 a 50 minutos a menos e ter sido veiculado dentro de uma temporada de Black Mirror ou de Além da Imaginação. Talvez assim desse para sacudir a sensação de que Imogen Poots e Jesse Eisenberg se dedicaram muito por nada. 

Vivarium (Vivarium), 2020




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