O roteiro também não ajuda com interlocutores de Percy verbalizando o óbvio sobre pontos da personalidade e as consequências das ações do personagem, que seriam muito mais ricos se tratados de forma sutil. Enquanto isto, outros temas que aparentam relevância, como os problemas com o pai dele, logo são esquecidos e ficam sem explicação. Como também fica no ar o motivo de Percy batizar a cidade de ‘Z’ (nada menos que o título do filme).
As boas atuações de Charlie Hunnam e de um Robert Pattinson quase irreconhecível são destaques positivos, enquanto Siena Miller parece desperdiçada em um papel que tenta dar uma voz feminista e independente a uma figura que passa praticamente todo o tempo sendo a boa esposa que escreve cartas para o amado, enquanto gera e cria seus filhos.
Mais do que o que realmente aconteceu com Percy, a principal dúvida que fica no final é: como que os realizadores deixaram este material com enorme potencial se transformar em apenas uma boa Sessão da Tarde?
Z: A Cidade Perdida (The Lost City of Z), 2017
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