Hoje, dois dias depois de ter ido a cinema e dois dias antes da data marcada para seu irmãozinho chegar ao mundo, meu filho me perguntou: "E se ele [o irmãozinho] for igual ao Poderoso Chefinho?"
A pergunta veio de forma natural e sem qualquer sinal de receio ou ciúme. Não dá para saber se ele se referia ao elemento temático do filme, de que irmão mais velho sempre teme que o caçula vá chegar tomando seu espaço - físico, na casa, e figurado, no coração dos pais -, ou se referia à uma manifestação literal da alegoria usada no filme: de um bebê já falando e se portando como um adulto.
O alento é que, se conseguirem deixar a apreensão de lado, pelo menos os pais podem se divertir um pouco junto, principalmente com as incansáveis (e muitas vezes escondidas) referências culturais e cinematográficas.
O Poderoso Chefinho (The Boss Baby), 2017
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