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sexta-feira, 12 de junho de 2015

Um mundo (jurássico) melhor


Apesar de ter figurado no topo da minha lista dos mais aguardados do ano, junto com Star Wars: O Despertar da Força, confesso que sempre temi um pouco por Jurassic World: O Mundo Jurássico. Afinal, nem o próprio Spielberg conseguiu fazer uma continuação que fizesse jus ao espetacular Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros.


Então, havia um pouco de surpresa misturada na minha grande satisfação ao ver o resultado desenrolar na tela. Jurassic World não decepciona nem um pouco, resgatando elementos visuais, sonoros e temáticos do primeiro filme da franquia e do próprio livro do Michael Crichton, mas com material original suficiente para não se reduzir a apenas uma homenagem, datada e saudosista. Colin Trevorrow, diretor estreante em grandes produções, apresenta competência e potencial para uma grande carreira e conduz com segurança sequências de ação, sem deixar de imprimir sua marca - o mesmo estilo e humor apresentados no seu único longa até então, o curioso e divertido Sem Segurança Nenhuma. As atuações são, no geral, muito boas (tornando até positivo o rumor de Chris Pratt como o próximo Indiana Jones) e a maior parte dos personagens tem charme próprio, fazendo-nos esquecer que estão ali, como na maioria dos blockbusters, só para fugir de ameaças geradas por computador (mesmo sendo praticamente o caso). Todavia, aqui os efeitos especiais nunca parecem óbvios ou desnecessários e a fotografia está impecável, com um 3D muito bem empregado e tratado.

Há deslizes, é verdade, como uma cena sentimentalista que surge, do nada e deslocada, sobre um possível divórcio dos pais dos meninos e como uma exposição quanto ao poder de camuflagem de certo dinossauro - o caçador grita para o público o que acabou de acontecer, como se este não tivesse capacidade de entender (aliás, seria impagável se a versão dublada contasse com o Renato Aragão: "Ele camufla!!!"). Mas, estes e outros pequenos pontos não ofuscam Jurassic World.

E lá se foi um receio que me consumia. Que J.J. Abrams acabe com outro no final do ano.

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