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quinta-feira, 8 de julho de 2010
E nem precisa de panis et circenses
Com o iminente fim da Copa e com as eleições se aproximando, é hora de fazer a transição.
O TSE divulgou a obrigatória declaração de bens dos candidatos das eleições 2010. É o pontapé inicial para o eleitor perceber a (in)idoneidade de seus candidatos. No embalo temático, vale pegar dois exemplos dentre as tão comuns figuras do mundo do futebol que aparecem nesta época: o político veterano Zezé Perrella e o novato Marques.
Será que é normal um presidente de clube, empresário, ex-deputado ter um patrimônio dezessete vezes menor que o de um mero ex-jogador? Certamente o Marques não recebeu a cartilha de conduta do político brasileiro. Foi honesto na declaração e não colocou uma simpática foto no cadastro.
Panfletagem e rivalidade Atlético x Cruzeiro não têm nada a ver com o objetivo aqui. O Perrella é apenas um, dentre a imensidão de (maus) exemplos: a declaração dele não está menos duvidosa que a de nenhum dos grandes medalhões que serpeiam os meios políticos.
Em Mera Coincidência um produtor de Hollywood é contratado para "criar" uma mirabolante guerra fictícia com o intuito desviar os olhares da nação e acobertar atitudes do presidente. Na vida real, no Brasil, os políticos não precisam de nada, além de mentira simples e pura, para enganar a população.
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