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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Guitarra de rock'n'roll, batuque de candomblé


Passou o primeiro fim-de-semana do Rock in Rio 2011 e o que mais tenho escutado são coisas do tipo: Como pode o "RocK" in Rio ter coisas como Cláudia Leitte, Katy Perry, Rihanna, Ke$ha, Ivete Sangalo e Shakira??? Isso não é um festival de rock, é um festival pra ganhar dinheiro fácil! Os organizadores desandaram nesta edição!

Concordo plenamente com as duas primeiras frases. Com a terceira, nem um pouco.

O festival não só passou a descumprir seu sobrenome em 2004, com edições em Lisboa e Madrid, como também nunca fez jus ao seu nome plenamente.

Sei que todo mundo queria, mas não é fácil esquecer que o Rock in Rio anterior, de 2001, incluiu em sua programação Daniela Mercury, 'N Sync, Britney Spears, Five, Sandy & Junior, Aaron Carter e Carlinhos Brown. No Rock in Rio II, de 1991, apareceram artistas como Prince, Jimmy Cliff, Billy Idol, Hanoi Hanoi, New Kids On The Block, Roupa Nova, Run DMC, Serguei, George Michael, Paulo Ricardo e Information Society. Nem a própria edição original do festival em 1985 escapou ilesa, ao abrir o palco para Ney Matogrosso, Erasmo Carlos, Baby e Pepeu, Ivan Lins, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Rod Stewart, Moraes Moreira e Go-Go's. Lembro-me muito pouco, mas tenho certeza que os roqueiros da época reprovaram as participações dos então ícones do pop Paralamas do Sucesso, Lulu Santos, Blitz e B-52's.

Reclamar da programação do Rock in Rio é válido, acusar de trair as origens, não.
 

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pra não ficar desanimado


Um bocado de anos atrás fui ao Animamundi na Casa do Conde e fiquei surpreso com a quantidade de animações bacanas que foram exibidas. Só que praticamente nunca mais tive notícias das que mais gostei, para tentar revê-las. E nunca mais tive notícia de Animamundi em BH, se é que deu as caras por aqui depois disso. É triste constatar como que muita coisa legal e de qualidade dificilmente chega ao grande público. E a arte precisa de público, para que mais arte seja feita. (Ok, sei que a frase original era "dinheiro" em vez de "público", mas me dei a liberdade artística de mudá-la)

Portanto, é bom quando se descobre que as pessoas, inclusive próximas a você, são empenhadas em realizar suas produções, independente das dificuldades. Com isto, convido aos amigos a conhecerem o trabalho do Dedé, que junto com seu irmão Leleu, realiza trabalhos nas variadas artes, inclusive animações. A minha irmã me iniciou com o curta Velocidade, que está no YouTube, mas particularmente fiquei fã da divertida história da Mula Sem Cabeça no "Pequenas Histórias de Lendas e Mitos de Grandes Negócios", que pode ser visto no http://www.dedeeleleu.com.br/. Entrem lá e procurem pela Mula na lista de vídeos.


Vamos aprender a ver mais curtas-metragens. Grandes histórias podem sair de pequenos frascos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Dr. Jones


Descobri que tenho algumas coisas em comum com Damon Lindelof, um dos criadores de Lost. Além de ambos sermos mamíferos, bípedes, com telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor, há um outro fator que nos aproxima, e provavelmente nos distancia da maioria dos seres humanos: Caçadores da Arca Perdida. Mais especificamente, o amor incondicional pelo filme, o fato de nos lembrarmos claramente a primeira vez (de centenas) que o vimos e a curiosidade destas sessões inaugurais envolverem emergências vesicais.

Em comemoração aos 30 anos de lançamento da brilhante primeira aventura de Indiana Jones, Damon escreveu uma carta de amor ao filme. O texto começa com a frase: "Lembro-me claramente da última vez que fiz xixi nas calças". O motivo? Além de ter 8 anos, ele estava no cinema vendo Caçadores de Arca Perdida e simplesmente não podia perder um minuto da projeção para poder ir ao banheiro. Nada mais justo.

Eu não tive a oportunidade de ver Caçadores no cinema, era muito novo e nem sequer tomei conhecimento da existência dele. Porém, em 1983, se não me engano, houve um evento na casa dos meus pais. Meu tio combinou de reunir toda a família para apresentar sua mais nova aquisição: um tal aparelho de videocassete. Eu não fazia a mínima ideia do que estava acontecendo, além do fato de que iríamos ter uma "sessão de cinema em casa". E o filme era Caçadores da Arca Perdida.

Fascinado pela produção antes mesmo de sua metade, lembro-me claramente quando - Indiana Jones na escavação, com o Cajado de Rá nas mãos, tentando localizar o Poço das Almas - minha mãe anuncia: "Preciso ir ao banheiro!"

- Não, mãe, não vá! Você vai perder o filme!
- Calma, ela pode ir sim. A gente "para" o filme.
- Hã?!?! Nós todos vamos perder, então??? Aí, não!
- Não, não... Com o videocassete tem como parar e continuar depois exatamente de onde estava.
- Hein?!?!
- Veja só...

Então, meu tio acionou o "Pause". E o Indiana ficou lá olhando para a miniatura da cidade de Tânis, estático.


E, quando minha mãe voltou, tudo continuou exatamente de onde estava. Uau.

Mas, a maravilha maior que aquele aparelho poderia proporcionar ainda estava por vir... Quando acabou o filme, que eu então passei a considerar como um dos melhores que já tinha visto (e até hoje, quase 30 anos depois, ainda considero), meu primo disse: "Podemos ver de novo???". E podia. Quantas vezes quisesse. Pelo menos até segunda-feira, quando a fita tinha que ser devolvida para o "video-clube".

Instantaneamente virei fã de Indiana Jones, de Steven Spielberg e do inventor do videocassete (quem quer que seja).


P.S.: O "P.S." da carta do Lindelof indica que temos ainda mais coisas em comum que o amor por Caçadores, o telencéfalo altamente desenvolvido, o polegar opositor, etc, etc.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Os filmes da década de 90

POST ATUALIZADO! (Para reparar uma atrocidade cometida por mim, vide o primeiro comentário)

Ao criar minha lista dos melhores filmes da década passada, me comprometi a fazer uma lista dos melhores filmes lançados entre 1991 a 2000, que acabou resultando nisto:


01. A Lista de Schindler (1993)

A única coisa que faltava na carreira gloriosa de Steven Spielberg era um Oscar. E se a Academia por muito tempo relutou, com A Lista de Schindler era simplesmente se entregar ao inevitável e reconhecer os méritos desta arrebatadora obra-prima.


02. Um Sonho de de Liberdade (1994)

À Espera de Um Milagre poderia ter tido um lugar neste rol e O Nevoeiro foi um dos bons destaques de 2007, mas é a primeira adaptação de Frank Darabont de um texto de Stephen King que tem lugar inquestionável em qualquer lista de melhores filmes de todos os tempos.


03. O Sexto Sentido (1999)

Assim como ninguém conseguiu descobrir o final do filme, tampouco foi possível prever o fênomeno de crítica e público que seria O Sexto Sentido e que maldição isto traria para o diretor/roteirista M. Night Shyamalan, sempre injustamente criticado por não conseguir repetir a façanha de seu primeiro sucesso.


04. 12 Macacos (1995)

Um dos melhores e mais marcantes filmes de ficção-científica, com provavelmente a melhor atuação da carreira de Brad Pitt. Essencial.


05. Os Suspeitos (1995)

Os Suspeitos é um filme raro (como alguns desta mesma lista), que deixa o espectador de queixo caído após seu ato final e que vale à pena ser revisto incansavelmente pelo seu roteiro impecável e pela atuação genial de Kevin Spacey.


06. Parque dos Dinossauros (1993)

Meu recorde pessoal de idas ao cinema para um mesmo filme (cinco), Parque dos Dinossauros foi um marco dos efeitos especiais, o novo recorde de bilheteria da época e contou com a costumeira direção inigualável de Spielberg, embalada por mais uma inspirada trilha sonora de John Williams.


07. O Resgate do Soldado Ryan (1998)

Com este filme Spielberg ganhou seu segundo e merecidíssimo Oscar de Melhor Diretor e criou um novo padrão de cenas de guerra, extensivamente copiado desde então e nunca superado.


08. Amnésia (2000)

Dando vida a um roteiro redondo com uma edição impecável, Christopher Nolan praticamente começou sua carreira fechando a década com chave-de-ouro, se preparando para se consagrar como um dos melhores diretores da história.


09. Feitiço do Tempo (1993)

O (quase) sempre ótimo Bill Murray esbanja seu talento nesta comédia que consegue, como poucas, ser engraçada e comovente nas doses certas.


10. Forrest Gump - O Contador de Histórias (1994)

Mais um filme encantador que mesclou perfeitamente humor e drama e conquistou o mundo com ótimas atuações e efeitos especiais perfeitamente inseridos de forma orgânica na história.


Menções honrosas: Coração Valente (1995), As Duas Faces de um Crime (1996), Homens de Preto (1997), Maxtrix (1999) e Gladiador (2000).

Razoável?

sábado, 20 de agosto de 2011

Spoilers malditos


Dois posts atrás eu coloquei as imagens de algumas estampas de camisas que eu gostaria de ter. No site fonte existiam outras artes interessantes, mas uma era particularmente impublicável. Ela não possuia imagens grotescas nem palavrões, mas trazia a maior de todas ofensas que podem ser cometidas contra quem gosta de cinema: spoilers.
 
Em um design até legal, a camisa entregava as surpresas de filmes como Planeta dos Macacos, Os Suspeitos, O Sexto Sentido, Clube da Luta, Psicose, A Vila e Uma Mente Brilhante, com frases do estilo "quem matou foi mordomo". De todas as vítimas da camisa, o único que vi já sabendo o (chocante) final foi Soylent Green - No mundo de 2020. E isto fez com que apenas uma vaga lembrança do filme ficasse na minha mente, quando pra muita gente que o assistiu sem interferências em 1973, foi um dos mais marcantes.

Sou um defensor de que as histórias devem ser saboreadas pela primeira vez com o mínimo de influência externa possível. Concordo plenamente que a grande maioria das produções valem mais pela jornada que pelo destino, mas estas citadas acima, entre algumas outras, são capazes de nos presentear com, no mínimo, duas experiências únicas: a da primeira vez, e ser "enganado" ou surpreendido, e a das subsequentes, e comprovar que dicas e detalhes haviam passados despercebidos.


Recentemente, uma dupla de psicólogos elaborou um "estudo" dizendo que os spoilers são benéficos e não atrapalham o gosto pela história (o que é curioso, porque 'spoil' significa 'estragar'). Como uma divagação sobre 'quão ruim seria ver O Sexto Sentido sabendo o final de antemão' poderia ser desprezada por estes caras, vou colocar a discussão de uma forma mais abrangente... Como vocês se sentiriam nas seguintes situações: Começar a acompanhar uma Copa do Mundo já sabendo o campeão? Estudar para um concurso público já sabendo quem são os aprovados? Começar o ano já sabendo todos os presentes que iriam ganhar, de quem e quando? Sair para eventos já sabendo todas as pessoas que iriam encontrar? Iniciar uma viagem de férias já conhecendo todos os detalhes dos lugares a serem visitados?

Uma vida sem surpresas não tem a menor graça. Isso é indiscutível. Então não vão ser dois engomadinhos da Universidade da Califórnia que vão me convencer que uma camisa entregando os finais dos filmes é bacana.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Madruga dos mortos


O site do Cinemark vem estampando a propaganda abaixo, uma promoção relativa ao filme Dylan Dog e as Criaturas da Noite.


PERGUNTA: Trata-se de um filme em que o Brandon Routh é atacado pela Turma do Chaves Zumbi?????

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Camisas


Esbarrei em um site que compilou (ou criou, não sei bem ao certo) uma série de estampas para camisas.

Eu queria muito saber onde vende. Certamente seria visto usando estas por aí:





 Bacana...