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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Goiabada com Maionese


Tem algumas coisas que não combinam... Simplesmente.

Este post será histórico, pois acho praticamente impossível terem oportunidade de ler novamente o que eu vou escrever: estou feliz que um projeto do Spielberg tenha sido cancelado. Vejam bem, eu sou o cara que, como meu irmão costumava dizer quando criança, se o Spielberg lançasse um filme intitulado "A Planta Que Não Se Mexe", em que se veria uma mesma cena com uma planta estática durante duas horas , eu acharia o filme uma maravilha. Mesmo antes de assistí-lo. Em outras palavras, qualquer "próximo filme" do mestre pra mim é motivo de grande expectativa.

Pois semana passada saiu a notícia que o projeto hollywoodiano de Oldboy, que seria dirigido pelo Spielberg e estrelado por Will Smith, não vai mais acontecer. A comunidade cinéfila comemorou e, admito, eu também. Por motivos diferentes, talvez, mas o fato aconteceu.

Para quem não conhece, Oldboy é um filme koreano de 2003 que rapidamente se tornou um cult da sétima arte. O filme acompanha a história de um cidadão comum que é sequestrado, aprisionado em um quarto com uma TV e, sem quaisquer explicações, solto após 15 anos. É quando se inicia uma violenta história de vingança. Particularmente, eu só tive interesse de vê-lo quando comecei a encontrá-lo recorrentemente mencionado em artigos e listas sobre filmes com reviravoltas surpreendentes no final.

Considerado por muitos como uma obra definitiva, houve muita crítica quando, praticamente um ano atrás, foi anunciada uma refilmagem hollywoodiana com estes dois grandes nomes para sustentar a produção. O alvoroço foi tão grande que os produtores trataram de divulgar em seguida que o novo filme não seria uma releitura do filme koreano, mas sim uma adaptação direta do mangá japonês original que servira como fonte para a cultuada película.


Desconheço o conteúdo do mangá, mas acredito que não seja lá tão diferente do filme. E, analisando o que conheço, confesso que fiquei confuso com a notícia da refilmagem. Não é que os dois não conseguiriam lidar com a temática ou a violência da história, mas existem aspectos peculiarmente incômodos na trama que são muito distantes de quaisquer outras coisas que ambos tenham feito. Não há como discorrer sobre o assunto sem entregar elementos chaves do enredo, especialmente a tão falada reviravolta (ou reviravoltas), mas colocando em poucas palavras: não combina em nada a essência de Oldboy com Spielberg (e Smith).

Talvez eu até tenha tido uma curiosidade bizarra para saber que tipo de mudanças fariam para Oldboy se adaptar ao estilo da dupla. Mas acho que para o bem de todos (cinéfilos encrenquinhas, Spielberg e fãs de Spielberg), ficaremos somente no aguardo de outros filmes, como (quem sabe?) aquele lá da planta imóvel.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Padinciço!!!


Tem um outro blogueiro aí que insiste em errar propositalmente o nome deste conceituado blog e chamá-lo de "Padinciço".

Bom, então vai uma notícia temática para deixá-lo feliz: O livro "Padre Cícero: Poder, Fé e Guerra no Sertão", que será lançado amanhã, vai virar filme com previsão de lançamento no primeiro semestre de 2011. O diretor será Sérgio Machado ("Cidade Baixa") e Wagner Moura é um dos nomes cotados para viver o personagem-título.



quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Exterminador à venda


A Halcyon Company comunicou que está indo à falência e que em Janeiro vai leiloar os direitos de O Exterminador do Futuro. Os grandes estúdios já demonstraram interesse na aquisição da rentável franquia. Com isso, a história da Skynet, da família Connor e dos Tx pode ganhar rumos totalmente novos.


Como ficaria um próximo filme se o novo "dono do Exterminador" desse liberdade criativa para algum diretor renomado?

Quentin Tarantino:
Terminator: Attack of the Bad Machinef*****s seria centrado em uma gangue de humanos aniquiladores de Exterminadores que usaria a estrutura não-linear da narrativa para viajar no tempo. O clímax aconteceria em um duelo mexicano com um T-69 utilizando uma espada japonesa para eliminar os f*****s que ainda estivessem inteiros. Com Michael Madsen, Harvey Keitel, Tim Roth, Samuel L. Jackson e, na tentativa de reavivar sua carreira, Arnold Schwarzenegger.

Tim Burton:
Terminator: Dawn of Halloween
narraria uma tentativa frustrada de rebelião humana que aproveitaria as fantasias do Dia das Bruxas e infiltraria na gótica Skynet. Os Exterminadores seriam feitos em stop-motion em cenas mescladas com atores reais. Com Johnny Depp, Helena Bonham Carter e Christopher Lee. Música de Danny Elfman.

M. Night Shyamalan:
Terminator: The Colony se passaria numa pequena colônia humana isolada nos arredores da Filadélfia do mundo pós-apocalíptico dominado pelos Exterminadores. No final do filme, porém, para espanto de toda a platéia, seria revelado que na verdade as máquinas são seres extra-terrestres e que esta colônia humana não estava na Terra, e sim no planeta dos Exterminadores! Trilha sonora de James Newton Howard.

Pedro Almodóvar:
Terminadores En Pasión acompanharia o bizarro, mas poeticamente belo (segundo os críticos), relacionamento amoroso de um Exterminador gay com uma humana lésbica, enquanto tentam contornar as desavenças de suas problemáticas famílias. Com Javier Barden, Antonio Banderas e Penélope Cruz.

Fernando Meirelles:
Exterminador do Futuro Já Começou trataria de um grupo de Exterminadores sendo enviado de volta a 2016 para salvar as Olímpiadas do Rio. Enfrentado uma artilharia pesada de traficantes, suborno de políticos, e a tentação da perigosa combinação de pagode, mulher e cachaça, a missão das máquinas fracassaria. Com Matheus Nachtergaele, Lázaro Ramos e Alice Braga.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Cowabunga!


Uma das notícias mais comentadas no mundo do entretenimento no fim da semana passada foi a aquisição da Nickelodeon junto a Mirage Studios dos direitos da franquia As Tartarugas Ninja. A pretensão é realizar uma nova série para TV, feita em animação por computador, e lançar um novo filme nos cinemas, misturando atores com computação gráfica.

Como eu gostava muito do desenho do fim da década de 80, vou brincar de escalar os possíveis atores para o filme, assim como fiz em Thundercats. Tirando as tartarugas e o Mestre Splinter, que seriam basicamente vozes e poderiam ser todos feitos em motion capture a partir do Jackie Chan, e o Destruidor e Casey Jones, que usam máscara o tempo todo, assim ficaria o elenco:

Apri O'Neil - Audrey Tautou


Vernon - Jeff Goldblum

Irma - Tina Fey

Krang - Heráclito Fortes

É, faltou o Bebop e Rocksteady também, mas deu preguiça de pensar.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Inúmeros Distritos


Talvez por ser um filme sul-africano, se passar em Joanesburgo e trazer como temática principal a xenofobia (mesmo que interplanetária) e a discriminação de um povo, Distrito 9 tem sido apontado como "um filme sobre o apartheid". O diretor Neil Blomkamp alega não ser o caso, pois teria apenas tentado fazer um filme hollywoodiano, em vez de um filme de protesto político.

Independente de ser ou não sobre o apartheid especificamente, a verdade é que, assim como Filhos da Esperança, Distrito 9 consegue com sucesso pegar bons efeitos visuais, empolgantes cenas de ação, doses fortes de violência e mesclar com filosofias e reflexões sobre a condição humana em uma ficção científica com ares de blockbuster (apesar de não ter tido orçamento de tal).


São consideradas reações normais de todo ser humano o medo e a repulsa perante o desconhecido. Mas a medida que nós, espectadores, ao contrário dos humanos do filme, passamos a conhecer as condições de vida as quais são submetidos os alienígenas, fica impossível não nos sensibilizarmos com as criaturas. Em Tempo de Matar um advogado precisa defender um pai negro acusado de matar os agressores de sua filha. Ele propõe ao juri, tendenciosamente branco, para imaginar uma menina. Então descreve todos os cruéis detalhes do processo de estupro, espancamento e tentativa de assassinato pelos quais a filha do acusado passou, encerrando com a seguinte frase: "Agora imaginem que ela é branca." Com Distrito 9 o paralelo é o mesmo: imaginando que os extra-terrestres são pessoas, não há como não lembrar das incontáveis situações de miséria e repressão da nossa própria espécie.

(Pare de ler agora se ainda não assistiu, pois será revelado um detalhe que entra na trama só depois de 1/3 de projeção)

Ainda, é interessante ver como o filme não hesita em demonstrar a crueldade humana (até com outros humanos) e, em contraponto, mostrar atos solidários e nobres dos alienígenas, mesmo sem torná-los os heróis da história. Portanto, o que veio a minha mente quando iniciou-se o processo de metamorfose do protagonista foi a famosa frase de A Revolução dos Bichos: “As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já era impossível distinguir quem era homem, quem era porco.” Isoladamente, este trecho leva à reflexão: o que será que o homem fez de tão ruim para ser confundido com o porco? Porém, na fábula de George Orwell há uma inversão de valores: o pior que poderia acontecer com um bicho seria a equiparação a uma pessoa. E na mensagem de Distrito 9, o que poderia ser pior? Ser alienígena ou ser humano?

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Separados no Nascimento


Sempre fui um crítico das novelas (ah, Rede Gloooobo) pois, pra mim, seus roteiros são sempre os mesmos, com algumas pequenas variações de nomes, ambientações e figurinos. Então assisti ao trailer de Edge of Darkness (ainda sem título em português) e, tendo a estranha sensação de ver Mel Gibson no papel que foi de Liam Neeson em Busca Implacável (com algumas pequenas diferenças na trama), me lembrei que o cinema também tem seus casos de similaridades suspeitas, reciclagem de roteiros ou simples meras coincidências.

Vejam, por exemplo, se é possível identificar estes filmes por uma sinopse:

Policial e cachorro formam uma improvável dupla contra o crime na California nesta comédia de ação de 1989. O cão acaba levando um tiro pra defender seu amigo humano.
(Uma Dupla Quase Perfeita ou K-9, Um Policial Bom Pra Cachorro?)

Animação por computador lançada em 1998 sobre a vida de uma formiguinha que tenta se adaptar à vida de sua colônia.
(Formiguinhaz ou Vida de Inseto?)

As façanhas da vida de um homem em fase terminal são relembradas enquanto este tenta buscar a reconciliação com seu filho.
(Peixe Grande ou As Invasões Bárbaras?)

Comédia da década de 80, onde pai e filho trocam de corpo e, como diria o narrador da Sessão da Tarde, se metem em altas confusões!
(Vice-Versa ou Tal Pai, Tal Filho?)

História de um homem incomum que, inicialmente com dificuldade para andar, acaba deixando o lar de sua mãe e, nas suas idas e vindas com a mulher que é o grande amor de sua vida, passa por inúmeras situações como trabalhar em um barco e participar de uma guerra. Roteiro de Eric Roth.
(Forrest Gump ou O Curioso Caso de Benjamin Button?)

O relacionamento do escritor Truman Capote com o assassino que tenta pesquisar para seu livro A Sangue Frio.
(Capote ou Confidencial?)

Musical clássico dos anos 60 em que Julie Andrews cuida dos problemáticos filhos de um pai severo.
(A Noviça Rebelde ou Mary Poppins?) - Ok, apelei e minha mãe nunca vai me perdoar!

Acho que não precisa falar de O Inferno de Dante e Volcano, nem de Impacto Profundo e Armageddon, né? E existem muitos outros por aí! Conseguem lembrar de alguns??


PS.: Só para constar, nas disputas tenho preferência pelos filmes que coloquei como primeira opção. :)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Vicky Cristina Rio


Quem está no Rio de Janeiro esses dias são os produtores de Woody Allen, buscando locações para o próximo filme dele.

Como pouca coisa foi divulgada sobre o projeto, alguém aí chuta algum enredo típico do diretor para ser ambientado na cidade? Eu apostaria em uma refilmagem de Vicky Cristina Barcelona, com o Rodrigo Santoro no lugar de Javier Bardem, interpretando um cozinheiro chamado Paulo (!) em vez de um pintor chamado Juan Antonio. É, lixo, mas pelo menos Penélope Cruz e Scarlett Johansson viriam ao Brasil. :)

PS.: Não tivesse sido as recentes filmagens de Hulk e Os Mercenários no Rio, certamente Lula diria que o interesse de Hollywood pela cidade já era reflexo da decisão da sede olímpica de 2016.