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sexta-feira, 23 de julho de 2010
Somos trouxas, mesmo.
Já discuti com várias pessoas sobre como nós, brasileiros, chegamos a ser trouxas de tão prestativos e hospitaleiros que tentamos ser com estrangeiros que visitam nosso país. Basta ouvir alguém falando outra língua que lá vamos nós tentar ajudar, auxiliar com um inglês, espanhol, o que for, ser simpático, etc. E aí, quando nós vamos a outros países, somos tratados da mesma forma? Tente falar inglês em Paris... Tente falar espanhol em Barcelona... Dê uma de desentendido na imigração dos E.U.A. pra ver o que acontece...
E muitas vezes a ingratidão não se limita só na falta de reciprocidade. Exemplo? Eu já tinha alertado aqui mesmo sobre a atitude da equipe de Os Mercenários quando estava filmando no Rio e, após ter sido recebido como rei aqui no Brasil, veja o que o Stallone tem para falar da gente no texto reproduzido a seguir (é do UAI, mas tudo quanto é site está cobrindo o assunto):
"
Foi com tom de deboche e fazendo piadinhas de mau gosto que Sylvester Stallone falou sobre a filmagem no Brasil do filme Os mercenários, do qual é diretor, durante a feira Comic-Con 2010, em San Diego.
"Pudemos matar pessoas, explodir tudo, e eles (os brasileiros) ainda diziam obrigado", disse o ator, afirmando que os produtores tiveram aqui liberdade para gravar sequências mais agressivas, usar armas mais perigosas e até destruir propriedades. E ele ainda debochou da hospitalidade, dizendo que os brasileiros agradeciam e ainda ofereciam um macaco para eles levarem para casa.
Depois da piada, Stallone demonstrou não ter ficado satisfeito com as filmagens na cidade maravilhosa, e criticou a necessidade de ter um grupo de 70 seguranças para cuidar de sua equipe (65 pessoas). E falou ainda do B.O.P.E.. "Os policiais de lá usam camisetas com uma caveira, duas armas e uma adaga cravada no centro. Já imaginou se os policiais de Los Angeles usassem isso? Mostra o tanto que aquele lugar é problemático."
"
Ridículo.
Não quero pregar nenhum tipo de xenofobia, muito longe disso, até mesmo porque existem muitos estrangeiros que fogem do estereótipo padrão e são simpáticos e receptivos. Mas, já passou da hora de sermos mais nacionalistas, valorizarmos mais o que temos de bom e deixarmos de ser trouxas com relação a nossos visitantes.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Letra e música
Este mês a Paramount está relançando nos cinemas americanos Grease - Nos Tempos da Brilhantina em versão "sing-a-long". Com isto, as aclamadas canções do filme ganham letras com animações, que incentivam a platéia a cantar junto.
A idéia parece divertida, vejam o trailer no YouTube.
Porém, vale frisar que a idéia parece divertida nos Estados Unidos.
Umas das coisas mais prezadas nas salas de cinema é o silêncio alheio. Portanto, já é torturante só imaginar ter que assistir a um filme inteiro com estranhos cantando nas cadeiras ao lado. Pior, imaginar pessoas desafinadas, que não sabem nada de inglês, tentando cantar as músicas.
E se a moda pega no Brasil e as distribuidoras resolvem fazer isso com filmes nacionais?
Imagine. Uma cambada enlouquecida, de pé nas cadeiras da sua sessão, fazendo as 'danças da bundinha' e gritando "Morro do Dendê é ruim de invadir... nóis com os Alemão vamo se diverti!" enquanto Tropa de Elite passa na tela.
Ugh.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Senhor de idade
Reprodução aproximada de um papo on-line com um amigo:
Ele: - Rapaz, já viajou para o sul de Minas, Caxambu?
Eu: - Já estive na região ou rapidamente ou quando criança. Tenho mesmo vontade de passar uns dias lá. Caxambu, São Lourenço...
(o texto original era "Caxambu, Araxá..." mas resolvi omitir aqui o erro grotesco de geografia)
- É muito bom, cara. É meio coisa de velho: caminhada, doce, comida caseira, etc... mas é muito bom.
- Ah, tá valendo. Atualmente só tenho feito mesmo programa de velho hehehehe.
- É mesmo?
- É. E o pior: tenho gostado.
- Conclusão? Você está velho! rsrsrsrs
Poucas horas depois vi um artigo sobre a comemoração dos 20 anos de lançamento de Ghost - Do Outro Lado da Vida.
VINTE anos de Ghost.
É. Tô velho.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
E nem precisa de panis et circenses
Com o iminente fim da Copa e com as eleições se aproximando, é hora de fazer a transição.
O TSE divulgou a obrigatória declaração de bens dos candidatos das eleições 2010. É o pontapé inicial para o eleitor perceber a (in)idoneidade de seus candidatos. No embalo temático, vale pegar dois exemplos dentre as tão comuns figuras do mundo do futebol que aparecem nesta época: o político veterano Zezé Perrella e o novato Marques.
Será que é normal um presidente de clube, empresário, ex-deputado ter um patrimônio dezessete vezes menor que o de um mero ex-jogador? Certamente o Marques não recebeu a cartilha de conduta do político brasileiro. Foi honesto na declaração e não colocou uma simpática foto no cadastro.
Panfletagem e rivalidade Atlético x Cruzeiro não têm nada a ver com o objetivo aqui. O Perrella é apenas um, dentre a imensidão de (maus) exemplos: a declaração dele não está menos duvidosa que a de nenhum dos grandes medalhões que serpeiam os meios políticos.
Em Mera Coincidência um produtor de Hollywood é contratado para "criar" uma mirabolante guerra fictícia com o intuito desviar os olhares da nação e acobertar atitudes do presidente. Na vida real, no Brasil, os políticos não precisam de nada, além de mentira simples e pura, para enganar a população.
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