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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Netflix para todo gosto (e mau gosto)




Ficção-científica pós-apocalíptica com ambiente restrito, elenco reduzido e que se lança em debates existenciais não é nenhuma novidade, nem uma tarefa fácil de se realizar bem. Mas, I Am Mother consegue prender a atenção, instigar e trazer um pouco de originalidade ao gênero. A dupla principal, a androide Mãe, uma ameaça latente por trás da serenidade aparente, e a humana Filha, vivida com talento pela jovem atriz dinamarquesa Clara Rugaard, conduzem a trama com uma dinâmica inquietante. Alvo de críticas de muitos, o final sombrio não me desagradou, sendo bem menos ambíguo do que julgam por aí.

I Am Mother (idem), 2019






 Após os primeiros minutos de Estrada Sem Lei, quando descobri qual era o enredo, me vi com um "problema de spoiler". A única cena que ficou comigo de Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas, quando assisti ao filme décadas atrás, era a última. Mas, acabou que saber o desfecho não atrapalhou apreciar o que este longa da Netflix traz de melhor para a conhecida história da dupla de criminosos da Grande Depressão. A ambientação, a trilha sonora e, claro, as boas atuações de Kevin Costner e Woody Harrelson sustentam a produção que poderia muito bem ter tido um lugar nas salas de projeção.

Estrada Sem Lei (The Highwaymen), 2019






O problema raiz de The Perfection o é sua falta de identidade. O longa começa flertando com um thriller sexy sobre obsessão e no seu segundo ato ganha tons de terror B. Se essa transição bizarra já não ajuda muito, as coisas desandam ainda mais no terceiro ato, quando o roteiro não consegue se conter com mais uma reviravolta inadequada, tentando se firmar como um drama de vingança. E a verdadeira revelação é que a produção é infeliz e insensível ao escolher suas ferramentas para tratar de um assunto muito delicado e que merece mais cuidado.

The Perfection (idem), 2018




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