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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

O terror, o terror, o terror...


Pra ir entrando no clima do Halloween...



"Se pelo menos servisse para nos unir mais" diz, em determinado momento de Hereditário, a desamparada personagem de Toni Collete na busca de um propósito face à gratuidade de uma tragédia que aplaca sua família. Porém, ela está diante da realidade amarga de que não há nada a mais, não há um bem maior e, infelizmente, esse é também o mote do filme como um todo. Na contramão das melhores produções de terror, cujos desfechos são recompensatórios ou cujas jornadas funcionam bem como metáforas, não há nada substancial de se tirar do enredo. Aterrorizante e perturbador, prefere chocar a assustar. Não recomendado para pais e mães. 

Hereditário (Hereditary), 2018






“A emoção mais antiga e mais forte da humanidade é o medo, e o tipo de medo mais antigo e mais forte é o medo do desconhecido.”  É com essa citação a H.P. Lovecraft que a produção independente O Culto abre e se sustenta. O clima é de constante apreensão, mas à medida que a trama faz a esperada transição de paranoia para sobrenatural, passa a perder viés de terror e vai mergulhando em ficção científica pesada. Interessante, mas aquém de outras produções de baixo orçamento, como o mais complexo Coherence, o mais acessível Complicações do Amor e o mais bem amarrado Crimes Temporais.

O Culto (The Endless), 2018






"O cérebro enxerga o que quer enxergar" é uma frase recorrente de Ghost Stories, um filme de fantasma tradicional que se faz valer também do humor (negro) britânico. Contando com pelo menos dois atores de destaque, Martin Freeman (o Dr. Watson de Sherlock) e Alex Lawther (de um dos episódios mais intrigantes -e deprimentes- de Black Mirror), a principal aposta é em sustos, muitos deles clichês, mas praticamente todos eficazes. O problema é que o roteiro se acha mais inteligente do que é e tira da manga um desfecho certo de que o público demandará mais uma assistida para pegar as pistas. Só que a conclusão não passa de anticlimática e batida (praticamente igual à de determinada produção de 2005).

Ghost Stories (Ghost Stories), 2018




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