Vida abre com um plano sequência que, além de esbanjar sua competência técnica e deslumbrar o espectador, serve para criar uma sensação imersiva, provendo ambientação à geografia do local onde se passará a história e introduzindo os personagens (porque, de tão superficial é a passagem, não chega a ser um 'estabelecendo os personagens' - afinal, com tanto rosto conhecido pra que perder tempo com isto?). Esta imersão, somada ao fato de tudo se desenrolar no presente e muito próximo da Terra, é primordial para a cativar o público e intensificar a tensão que está por vir.
-Leve spoiler no próximo parágrafo-
A sequência final pode deixar muitos confusos, trazendo à tona até a amarga lembrança do Planeta dos Macacos de 2001. Mas, ao contrário do filme de Tim Burton que não importa quantas vezes seja revisto e analisado o seu desfecho continuará sem sentido, uma segunda conferida na conclusão de Vida dá para perceber que a edição foi deliberadamente realizada de modo a enganar o espectador. Uma trapaceada genial.
No fim das contas, a qualidade de Vida não chega no nível Mel Brooks - Que Droga de Vida, e nem atinge Roberto Benigni - A Vida é Bela.
Mas, podia bem ter tentado Danny Boyle - Por Uma Vida Menos Ordinária.
Vida (Life), 2017
O grande problema desse filme foi o final totalmente previsível.
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