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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Escovando música


Sou um entusiasta de todos os aspectos das produções cinematográficas, então a música não poderia ficar de fora da minha apreciação. Trilha sonora é igual cabelo: uns têm bom, outros têm ruim e outros nem têm (Achou estranho? Não viu Os Pássaros nem Onde Os Fracos Não Têm Vez, né?) E se o cabelo é o molde do rosto, a trilha é o molde do filme. Imagine, por exemplo, Guerra Nas Estrelas, Superman, Tubarão e Indiana Jones sem o John Williams. É o mesmo que tentar visualizar Catherine Zeta-Jones ou Charlize Theron sem cabelo, certo? (Tá, sei que os marmanjos estão tentando é visualizá-las sem roupa, mas vamos manter o foco.)

E John Williams é apenas um dos Jassas do cinema. Existem outros grandes nomes, que nem vou começar a citar, pra não correr o risco de esquecer algum. Porém, um deles é o foco deste post: o alemão Hans Zimmer, que fez excelentes trilhas para vários filmes, que nem vou começar a citar, pra não correr o risco de esquecer algum. (Curioso é que ele surgiu de uma banda pop, The Buggles - do sucesso Video Killed The Radio Star - assim como, o também Jassa, Danny Elfman, que surgiu do Oingo Boingo - do sucesso Stay).

A última proeza de Zimmer foi em um certo A Origem. Sei que já explicitei aqui meu agrado pelo filme e que deveria me ocupar com outros assuntos, mas a obra do Christopher Nolan se recusa a sair da minha mente e eu precisava compartilhar este achado com vocês.


A música de A Origem "me ganhou" já no trailer. O que é muito perigoso, pois raramente trailers usam as trilhas finais do filme. E, não deu outra: a música (Mind Heist) ali usada era de um tal de Zack Hemsey. Porém, a composição final do Hans Zimmer se mostrou ainda mais interessante, intrigante e harmonizada com o que desenrolava na tela.

Li em algum lugar sobre a relação direta da música "Non, je ne regrette rien" da Edith Piaf, que também é usada no filme, com a trilha instrumental do Zimmer. E, sem entregar muito do roteiro, a idéia genial do compositor casa perfeitamente com a idéia dos níveis e noções do tempo criados para o filme. Veja neste rápido e obrigatório link:

http://www.youtube.com/watch?v=UVkQ0C4qDvM

Demais, não?

Acho que é o primeiro caso de escova progressiva na história da música no cinema.

(PS.: Não entendo nada de cabeleireiros, mas espero que o Jassa seja tão bom quanto é famoso, senão minha analogia vai pro espaço. Ou pro limbo)

2 comentários:

  1. Nossa, que descoberta legal! Eu achei muito boa a trilha sonora (a música e a sincronia), mas eu estava com com a impressão que isso era estilo do Christopher Nolan por conta do dark knight (ouça a partir de 1:20 em http://www.youtube.com/watch?v=iXBYTh0NVik) que eu gostei muito tb! Mas me dá um desconto vai, até hoje eu não sei exatamente o que faz a equipe de produção :P

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  2. Você não está enganado, não. O Hans Zimmer já havia feito trilha de filmes do Nolan, antes: Batman Begins e Cavaleiro das Trevas. Acaba que o estilão se manteve. Acredito que eles trabalharão juntos mais vezes, e entrarão pro rol de colaborações "diretor-compositor" clássicas da história, assim como Spielberg-John Williams, Tim Burton-Danny Elfman ou Hitchcock-Bernard Hermann.

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