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domingo, 31 de dezembro de 2023

Deixando 2023...


Chegou aquele momento de fazer minha lista dos melhores do ano (considerando os que eu consegui ver, claro):


01. Assassinos da Lua das Flores


02. Homem-Aranha: Através do Aranhaverso

03. Oppenheimer

04. Elementos

05. Um pouco de terror pra fazer jus ao ano: Ninguém Vai Te Salvar e Fale Comigo

06. Maestro

07. Clonaram Tyrone!

08. Barbie

09. Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes

10. Os apocalípticos: Batem à Porta e O Mundo Depois de Nós



Se for para considerar também os de 2022 que foram lançados aqui no Brasil (ou no streaming) somente em 2023, a lista ficaria assim:


01. Os Banshees de Inisherin


02. Assassinos da Lua das Flores

03. Homem-Aranha: Através do Aranhaverso

04. Os Fabelmans

05. Oppenheimer

06. Elementos

07. Um pouco de terror pra fazer jus ao ano: Ninguém Vai Te Salvar e Fale Comigo

08. Viver

09. Entre Mulheres

10. Maestro


sábado, 30 de dezembro de 2023

Só aquele suspiro final de 2023

Na falta de tempo do caos que foi 2023, fica aqui só o registro das notas pros últimos filmes que ainda consegui assistir nestes dois últimos meses.


Assassinos da Lua das Flores (Killers of the Flower Moon), 2023




Vidas Passadas (Past Lives), 2023



Clonaram Tyrone! (They Cloned Tyrone), 2023



Resistência (The Creator), 2023





M3gan (M3GAN), 2022



O Mundo Depois de Nós (Leave the World Behind), 2023





Maestro (idem), 2023




quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Rodada de séries do resto de 2023



Succession (Série completa - Temporadas 1 a 4), 2018 a 2023






Only Murders in the Building (3a. Temporada), 2023







The Marvelous Mrs. Maisel (5a. e última temporada), 2023







Jury Duty (1a. temporada), 2023





segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Pro halloween 23

 
Tamanha a competência e inteligência dos irmãos Danny e Michael Philippou, Fale Comigo nem parece o que é: uma produção de baixo orçamento. Esbanjando domínio do gênero e contando com um elenco jovem e desconhecido, mas bastante talentoso, os cineastas gêmeos conseguem trazer frescor para o terror com inventividade e decisões corajosas. O longa australiano, com seu clima ininterrupto de assombro, funciona perfeitamente como "história de espírito" enquanto entrega metáforas sólidas sobre as drogas e a fragilidade da juventude na busca por aceitação e socialização.

Fale Comigo (Talk to Me), 2022





Dependendo fortemente da atuação e reações não verbais de Kaitlyn Dever, Ninguém Vai Te Salvar é um delicioso e competente exercício de dois gêneros. Apavorante e quase sem brechas para respirar, o filme conclui com um terceiro ato que pode não agradar, demandando um bocado do espectador, em contraste com seus dois primeiros atos, bem diretos.

Ninguém Vai Te Salvar (No One Will Save You), 2023






Mesmo cheio de pequenas inconsistências lógicas, por falhas básicas de roteiro e de edição, confesso que foi um prazer assistir a Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim no cinema. Nada se compara a uma sala lotada de fãs aplaudindo e reagindo a cada revelação que remetia ao game (mesmo que não significasse nada pra mim, o clima empolgava). Sempre bom também ver um longa hoje em dia confiando em efeitos práticos (e na turma da Jim Henson Company). Uma iniciação decente ao terror para pré-adolescentes, talvez o Gremlins desta geração.

Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim (Five Nights at Freddy's), 2023




sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Balanço dos heróis


Perdi boa parte das adaptações de heróis dos quadrinhos deste ano até agora, ora por preguiça após a má recepção (Shazam! Fúria dos Deuses, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania), ora por uma mistura de desleixo com falta de tempo (Besouro Azul, desculpe aí Bruna Marquezine!)

Mas os que resolvi encarar renderam um dos melhores filmes do ano, Homem-Aranha: Através do Aranhaverso, e mais outros três acima da média - embora dois mais longos do que deveriam (Guardiões da Galáxia Vol. 3 e The Flash).

O que tem a duração enxuta e apropriada é a mais nova releitura dos heróis no meio casco, As Tartarugas Ninja: Caos Mutante. Com uma animação belíssima (mesmo quase todos humanos sejam propositalmente "feios"), o longa traz os personagens para uma dinâmica muito atual (usam celulares o tempo todo, fazem tik toks etc) em uma modernizada natural e bem-vinda. E se, em contraponto à séria animada do final dos anos 80 ou até mesmo o live-action de 1990, não se ocupa com o desenvolvimento dos personagens individualmente (basicamente restritos às cores de suas faixas, às suas armas e, agora, peculiaridades físicas), acerta em criar uma entidade realista como um grupo de adolescentes, recorrentemente falando todos ao mesmo tempo, numa identidade quase que de bando.

Confesso que (além do Aranhaverso) somente As Tartarugas vi no cinema. Portanto, o tanto que "perdoei" a qualidade técnica do Flash (tão mal falada, principalmente numa sequência inicial envolvendo bebês) pode estar justificado por eu ter praticamente o encarado como um lançamento direto para o streaming. O fato é que é um filme bastante divertido (incluindo a tal cena dos bebês), que tem um arco tocante e participações especiais de aplaudir de pé. Sem dúvida um dos melhores da DC em um booom tempo (sempre, claro, excluindo desse tipo de comparação a trilogia Cavaleiro das Trevas do Nolan - outro nível).

E qualidade é algo que até sobra no vol. 3 dos Guardiões, bem como trilha sonora e emoção. Ainda que isto seja um padrão Marvel, o que mais empolga, nessa que é a melhor trilogia dentro do MCU, é justamente o quanto não se parece com um padrão Marvel. Parte porque simplesmente está menos para um filme de super-herói e mais uma ópera espacial e outra boa parte porque James Gunn conseguiu imprimir seus toques particulares para criar algo coeso e singular (ainda que amplamente ligado ao resto do MCU).


As Tartarugas Ninja: Caos Mutante (Teenage Mutant Ninja Turtles: Mutant Mayhem), 2023




The Flash (idem), 2023




Guardiões da Galáxia Vol. 3 (Guardians of the Galaxy Vol. 3), 2023


segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Barbienheimer (e uma pitada não intencional de ambos)


O mais direto dos filmes de Christopher Nolan e sem, portanto, firulas além de saltos constantes para (e de flashbacks), Oppenheimer ainda consegue transformar o que seria uma cinebiografia básica sobre "homens conversando em salas fechadas" em um verdadeiro feito cinematográfico. Parte disso se deve às imposições técnicas do cineasta, sobretudo quanto ao ineditismo de se filmar parcialmente em película 65mm IMAX preto-e-branco (nas poucas cenas que não são sob o ponto de vista do protagonista) e quanto à insistência de fazer efeitos especiais práticos (apesar de que uma tomada se beneficiaria imensamente de uma transição mais lenta por CGI). Outra parte, claro, recai sobre às atuações de um elenco invejável no geral e em um Cillian Murphy carregando o peso do mundo (ou do potencial fim do mundo) em suas costas.

Oppenheimer (idem), 2023





Mais do que por seus sets inspirados e por seus diálogos genuinamente engraçados em sua maior parte, Barbie surpreende por conseguir ser ao mesmo tempo uma sátira e um drama, uma crítica e uma autopromoção. Alternando gags visuais e comédia pastelão com momentos reflexivos e temas como crise existencial e, sem sutilezas, o patriarcado, a história logo se desvia da dose inicial de Uma Aventura Lego, toma seus próprios rumos em cores vibrantes, mas termina mais em tons pasteis.  Mesmo com tanto a dizer, inclusive em um discurso expositivo no terceiro ato, a mensagem final parece opaca - sintoma de um filme em que Ken tem mais arco que a personagem-título.

Barbie (idem), 2023





Antes de um filme de Wes Anderson se sabe exatamente o que virá do ponto de vista de estética visual e, ainda que nesta altura do campeonato já seja óbvio (e, arrisco dizer, batido), costuma ser um deleite para qualquer amante do cinema. No entanto, o que diferencia (ou eleva) uma obra do diretor é se sob a camada do estilo há uma história coesa ou emocionalmente cativante (como em Moonrise Kingdom) e/ou personagens peculiares em situações divertidas (como em O Grande Hotel Budapeste). Seu mais recente, Asteroid City, não tem nada do primeiro mas, por alívio, tem um certo tanto do segundo. É um Anderson padrão pra bom, nada de outro mundo.

Asteroid City (idem), 2023




sexta-feira, 30 de junho de 2023

Velho com relíquia nova, novo com elementos velhos

 

Com comparação, Indiana Jones e a Relíquia do Destino 'não é'. Não é inspirado como Caçadores da Arca Perdida, não é sombrio como O Templo da Perdição, não é engraçado como A Última Cruzada e... não é decepcionante como O Reino da Caveira de Cristal. Sem comparação, é uma aventura à moda antiga que empolga e entretém nas medidas certas. James Mangold não desperdiça a oportunidade única (e complicada) de substituir Spielberg na direção e Harrison Ford prova que é insubstituível como Dr. Henry Jones Jr. Uma despedida decente para o maior herói do cinema.

Indiana Jones e a Relíquia do Destino (Indiana Jones and the Dial of Destiny), 2023




Responsável por sucessos incontestáveis do meio dos 1990s até os o fim dos 2000s, a Pixar entrou numa onda de altos e baixos dos 2010s até agora - principalmente por se deixar levar por sua fórmula de estrutura narrativa e de jornada emocional dos personagens. Mas, assim como muitos destes mais recentes, Elementos ainda consegue encontrar originalidade, beleza visual, alguns riscos e a emoção que se espera de um "Pixar Fase Um", mesmo com todos os (perdão do trocadilho) elementos de um "Pixar Fase Dois". O ritmo (de uma comédia romântica) e as temáticas (sendo imigração a principal) podem tornar o filme um pouco maçante para os menorezinhos, mas maiorezinhos e grandões têm assegurados (pelo lado positivo e pelo não tão negativo) bons 100 minutos de Pixar na telona. 

Elementos (Elemental), 2023




sábado, 24 de junho de 2023

Black tales from the mirror

Em quantidade maior e, na média, em qualidade melhor que a quinta temporada, Black Mirror desembarca sua sexta temporada após quase quatro anos de espera.

Os dois primeiros episódios, levemente interconectados, A Joan é Péssima (que traz um conceito divertido e instigante) e Loch Henry (pesado mas pouco arriscado), parecem ser críticos à Netflix, mas, em uma segunda camada, são na realidade críticas aos críticos superficiais da Netflix. Típico Black Mirror.


O episódio do meio, Beyond the Sea, é, junto com o primeiro, o mais Black Mirror de todos - tratando dos perigosos efeitos colaterais da tecnologia na alma humana.

E daí, para sua rodada final a temporada dá uma estranha guinada e Mazey Day e Demônio 79 parecem saídos diretamente de um Tales From The Crypt da vida. Nada típico Black Mirror.

Bom, hora de atualizar a lista comparativa de todas as temporadas:

01. Toda a Sua História - The Entire History of You (T01, E03), 2011
02. Natal - White Christmas (Especial - T02, E04), 2014
03. San Junipero (T03, E04), 2016
04. Queda Livre - Nosedive (T03, E01), 2016
05. Smithereens (T05, E02), 2019
06. A Joan é Péssima - Joan is Awful (T06, E01), 2023
07. Metalhead (T04, E05), 2017
08. Engenharia Reversa - Men Against Fire (T03, E05), 2016
09. Hang the DJ (T04, E04), 2017
10. Odiados pela Nação - Hated in the Nation (T03, E06), 2016
11. Versão de Testes - Playtest (T03, E02), 2016
12. Beyond the Sea (T06, E03), 2023
13. Manda Quem Pode - Shut Up and Dance (T03, E03), 2016
14. Crocodilo - Crocodile (T04, E03), 2017
15. USS Callister (T04, E01), 2017
16. Urso Branco - White Bear (T02, E02), 2013
17. Black Museum (T04, E06), 2017
18. Arkangel (T04, E02), 2017
19. Loch Henry (T06, E02), 2023
20. Hino Nacional - The National Anthem (T01, E01), 2011
21. Volto Já - Be Right Back (T02, E01), 2013
22. Demônio 79 - Demon 79 (T06, E05), 2023
23. Striking Vipers (T05, E01), 2019
24. Momento Waldo - The Waldo Moment (T02, E03), 2013
25. Quinze Milhões de Méritos - Fifteen Million Merits (T01, E02), 2011
26. Mazey Day (T06, E04), 2023
27. Rachel, Jack e Ashley Too - Rachel, Jack and Ashley Too (T05, E03), 2019

Desvios, à parte, Black Mirror continua provocante e uma das melhores séries de antologia da atualidade. Que venha a sétima temporada - mesmo que daqui a 4 anos.


sexta-feira, 16 de junho de 2023

Teias, testes e tênis


Se o primeiro filme já tinha sido um "pequeno" milagre, a continuação Homem-Aranha: Através do Aranhaverso é simplesmente arrebatadora. Visualmente impossível, com sua mistura de estilos de animação não só num mesmo filme mas nos mesmos quadros, a maestria técnica não é mero exibicionismo, mas serve em prol da história e da composição de cada um dos personagens – ou, ainda, para o tom emotivo de cada cena. É pura arte, mascarada (perdão do trocadilho) em entretenimento de massa. E com algo a dizer. 

Homem-Aranha: Através do Aranhaverso (Spider-Man: Across the Spider-Verse), 2023 




Passando longe da maldição de adaptações de jogos, de ser "tão emocionante quanto só assistir pessoas jogando", Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes é genuinamente empolgante, engraçado e, sem parecer genérico, consegue agradar também quem não tem familiaridade com o material original. Aventura à moda antiga, tira proveito da tecnologia atual para trazer sequências memoráveis, como na da fuga de um personagem que muda de forma em um plano sequência (certamente quase todo por computação gráfica, mas ainda assim inventivo).  

Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes (Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves), 2023 




Claro que todos já sabem o desfecho de Air: A História por Trás do Logo e que o filme é recheado de clichês do gênero e de frases de efeito que cairão nas graças de coachs corporativos. Mas, ainda assim, bem dirigida e com esperadas boas atuações, é uma produção que agrada - não só pela abundante nostalgia oitentista (e basquetebolística). Mas acho que tornei-me incapaz de ser imparcial quando meteram de cara Money For Nothing nos créditos iniciais. 

Air: A História por Trás do Logo (Air), 2023