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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Halloweekend


Filmes recentes recomendados para se assistir neste final de semana. Se tiver coragem.


O Segredo da Cabana (2012)


Babadook (2014)


Corrente do Mal (2014)


A Visita (2015)


A Bruxa (2015)


Bons pesadelos.

domingo, 16 de outubro de 2016

Jason Rebourne


A trilogia Bourne (A Identidade Bourne, A Supremacia Bourne e O Ultimato Bourne) veio para dar frescor e criar novos parâmetros para os filmes ação, a ponto de inspirar (e abrir competição dura para) até mesmo uma de suas próprias fontes de inspiração: a franquia 007. O sucesso foi tanto que, após um aparente (e adequado) encerramento da saga no terceiro filme, a série ainda ganhou uma quarta história (um spin-off?), com Jeremy Renner como protagonista, em O Legado Bourne ("Não assisti", "Não sei opinar"). Seja para recuperar prestígio na bilheteria (O Legado fez menos dinheiro que A Identidade havia feito dez anos antes) ou seja por motivações criativas e artísticas, os produtores trouxeram Matt Damon de volta para o papel principal em um quinto filme, intitulado Jason Bourne.


Neste, o diretor Paul Greengrass mostra que ainda sabe fazer bem o que fez em A Supremacia e O Ultimato, criando cenas de ação ao mesmo tempo críveis e espetaculares e prendendo a atenção do espectador durante toda a projeção. Porém, há pouca novidade. Sim, o elenco agora passa a contar com nomes como Alicia Vikander e Tommy Lee Jones, e personagens antigos são rapidamente descartados (ou sumariamente ignorados), mas a mesma história dos anteriores se repete. Bourne é forçado a sair do anonimato, busca saber mais sobre seu passado enquanto descobre segredos irreveláveis sobre operações da CIA, que coloca um assassino altamente treinado em seu encalço.

E se antes os roteiros pecavam por tentar dar complexidade demais às tramas, deixando a plateia até um pouco confusa sobre a cronologia das continuações, agora a abordagem é até simplista demais. Por vezes tola. O que dizer da sequência em que uma personagem não consegue comunicar tudo o que queria a Bourne para, na cena seguinte, este achar um diário daquela e abri-lo exatamente nas páginas com frases como "Jason Bourne está sendo vigiado" e "Richard Webb está envolvido"? Faltou "A CIA mente", mas não faltou encontrar um pendrive com as inscrições em letras garrafais CRIPTOGRAFADO.

No entanto, já com o título como evidência, é o valor da jornada do protagonista que mais sofre com esta continuação. O herói que passou três filmes à procura de sua identidade e tentando se restabelecer como David Webb, se vê cada vez mais preso a Jason Bourne. Assim como Robocop, que encerra seu primeiro filme dizendo que seu nome é "Murphy" para depois, no terceiro (e pavoroso) filme, terminar com um "Você pode me chamar de Robocop", agora Bourne é mais máquina do que homem.

O resultado é um bom filme de ação, mas não muito mais que uma emulação do alto padrão que a própria franquia ajudou a estabelecer.


Jason Bourne (Jason Bourne), 2016


terça-feira, 11 de outubro de 2016

Agora tem que pular no sofá


Aeroporto de Confins, 13:21h, 10 de Outubro de 2016

Estava distraído após emitir minha passagem quando alguém me aborda:

- Com licença...
- Pois não?
- Desculpe incomodar, mas... você não é aquele cara do blog Padecin?
- Uai, sou eu mesmo.
- Olha, meu nome é Edgard. Edgard Scandurra. Esta é a Taciana Barros e aqui está parte da galera da minha banda Pequeno Cidadão. Sabe o que é? É que nós somos muito fãs de você. Lemos o blog todos os dias... quer dizer... umas quatro vezes por mês, que é quando você atualiza. Bom, de qualquer forma, podemos tirar uma foto com você?
- Sim, claro.



segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Fantasmas do passado


Fui assistir ao Caça-Fantasmas lançado este ano determinado em tentar que o conhecimento e a grande apreciação por Os Caça-Fantasmas, de 1984, (e boa parte de suas derivações) não influenciasse minha impressão sobre esta nova versão. Não seria justo, nem bacana, ver um filme comparando-o o tempo todo a um outro que sou fã.

Eu queria muito esquecer o original. Mas não me deixaram.

Infelizmente, o pior aspecto dessa nova produção é justamente algo que funcionou bem em produções recentes como Jurassic World e Star Wars - O Despertar da Força: a recorrente referência (e reverência) ao material original. Das chamadas visuais, passando pelas pontas desconexas e (tristemente) decepcionantes do elenco e fantasmas originais, até à desnecessária repaginação do tema musical, nada que supostamente vem para resgatar o charme e a nostalgia do original funciona (com a devida exceção do emblemático logotipo da trupe). O resultado poderia ter sido muito melhor se os realizadores tivessem se distanciado de fato e criado algo realmente original, reimaginado por completo.


A esperança que isto poderia acontecer foi quando o diretor Paul Feig anunciou, durante as filmagens, de que seu Caça-Fantasmas seria também uma comédia, mas assustadora, com bastantes elementos de terror. Porém, esta promessa nem de longe é cumprida. Sobra ação, falta terror. Há muito menos sustos e medo agora do que havia em 1984. Resta apenas o elemento comédia, que pouco se distingue de outras obras do cineasta. Aliás, chega a ser decepcionante como que ele, experiente no gênero, não consegue acertar o tom nesta produção. E a pavorosa edição parece não ser trabalho de uma dupla  experiente e supostamente entendida de timing cômico.

O roteiro pouco ajuda. Gasta-se muita energia, e cenas, inserindo comentários nada sutis à polêmica que foi a fase de produção, quando uma quantidade considerável de fãs passou a criticar e atacar o filme antes mesmo da sua estreia. Com o YouTube e as redes sociais como principais plataformas de combate, muitos eram simplesmente contra uma reinvenção dos caça-fantasmas, mas a maioria era pura misoginia com o elenco principal, com incisões de gordofobia contra Melissa McCarthy e racismo contra Leslie Jones. Claro que, no fim das contas, a inversão dos papéis não é um problema, mas sim o pífio desenvolvimento das personagens. As comediantes principais até se esforçam com improvisação, mas pouco podem fazer além de dar uma graça adicional às poucas cenas que não dependem de efeitos especiais. Destaca-se mesmo a atuação excêntrica e divertida de Kate McKinnon, um achado para quem não acompanha o humorístico de esquetes americano Saturday Night Live.

De tudo, ao contrário de sua(s) predecessora(s), resta uma comédia apenas mediana, sem qualquer impacto cultural.

Eu queria muito gostar do novo Caça-Fantasmas. Mas não me deixaram.

Caça-Fantasmas (Ghostbusters), 2016




domingo, 2 de outubro de 2016

Save the clock tower


Hoje é dia de votar.

Também é o momento de publicar, com atraso de mais de dez dias, este vídeo super-bacana que mostra o contraponto das divertidas eleições americanas em relação às nossas campanhas, chatas e por vezes ridículas.


Vamos lá, aqui também: salvem o dia e salvem nossas cidades.