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segunda-feira, 21 de junho de 2021

Amizades através dos gêneros


Com sua declarada inspiração em Studio Ghibli, Luca é uma obra mais preocupada em mergulhar nas sensações e na imaginação do que em criar algum tipo de trama um pouco mais complexa. Pode parecer um filme "mais simples e direto" da Pixar, mas nunca deixa de ser com muito capricho e primor técnico. A amizade dos dois garotos em busca de identidade, aceitação e... aventuras cativa o público de todas as idades com sua ternura. 

Luca (idem), 2021




Existem aqueles filmes de ficção-científica que quanto mais se reflete sobre o que foi visto, melhor ficam. E existem os que quanto mais se analisa, mais furos aparecem e menos interessantes se tornam. Infelizmente, Synchronic se encaixa na segunda categoria. É uma viagem (trocadilho?) intrigante com um desfecho até satisfatório, mas melhor não o colocar sob a lupa depois.

Synchronic (idem), 2019




Thriller de assassinato em que um policial num caso atual passa a se ver confrontado com problemas mal (ou nem) resolvidos de um caso passado, como é The Dry, já é quase um subgênero, ou mesmo uma fórmula. A obviedade de um padrão narrativo é um passo grande para o fracasso, vide o recente Os Pequenos Vestígios. No entanto, o longa australiano com Eric Bana consegue prender e fazer as engrenagens funcionarem satisfatoriamente e, mesmo sem trazer novidades para a equação, agrada os fãs do subgênero. Ou da fórmula. 

The Dry (idem), 2021




domingo, 13 de junho de 2021

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Precisando escapar


Claustrofóbico e contido, mas bem produzido e atuado, o longa francês Oxigênio surge como uma grata surpresa na grade da Netflix. Talvez exceda um pouco na quantidade de reviravoltas (não necessariamente inesperadas) e poderia muito bem se desfazer do pequeno  epílogo, mas ainda assim se constitui como uma obra sólida e -vejam só- de tirar o fôlego.

Oxigênio (Oxygène), 2021




Com referências incessantes e irritantemente óbvias a, principalmente, Janela Indiscreta e Um Corpo que Cai, A Mulher na Janela escancara sua tentativa  desesperada de ser hitchcockiano. Quem conseguir abstrair-se dessa amarra pode até apreciar um thriller psicológico interessante e genuinamente tenso, que faz o favor de não esticar demais sua duração. 

A Mulher na Janela (The Woman in the Window), 2021




Talvez por possuir uma certa dose de clichês, e de previsibilidade, gerando a sensação de que poderia ter sido bem melhor nas mãos de outros realizadores, O Mauritano não ganhou o destaque que merecia. Esta história real e atual mexe com as expectativas do espectador (do cidadão?) e, em meio a talentos de renome, traz uma atuação inspirada(ora) do pouco conhecido Tahar Rahim. Os créditos finais, essenciais, apenas reforçam isso tudo.

O Mauritano (The Mauritanian), 2021




quarta-feira, 2 de junho de 2021

Amizade, sangue e robôs

 

Lutei contra a ideia da tão aguardada reunião de Friends ser uma espécie de conversa entre os atores e não um episódio adicional, com roteiro. Porém, com o resultado emocionante, criativo dentro dos limites e ainda com algumas surpresas sobre os bastidores, percebo que foi a melhor opção. Há de se concordar com os criadores que a série terminou muito bem e trazer aqueles personagens de volta seria um exercício ingrato de como tirá-los dos seus felizes para sempre.

Friends: The Reunion (idem), 2021




Cheguei atrasado no trem com destino a Birmingham, mas praticamente ileso de spoilers e sem arrependimentos. Maratonar as 5 primeiras temporadas de Peaky Blinders foi uma atividade (in)tensa e prazerosa, acompanhada de personagens interessantes, trilha sonora marcante, fotografia exuberante e diálogos afiados em uma trama de crime das melhores. Agora me junto a uma legião de fãs curiosos, aguardando ansiosamente a chamada para embarcar na temporada final.

Peaky Blinders (1a a 5a temporadas), 2013-2019




Ao que escrevi sobre a primeira temporada de Love Death and Robots ("no geral, o resultado me desapontou. Apesar de muito bem produzidas, as histórias não empolgam e poucas se mostram memoráveis. Pelo menos a duração reduzida atenua a sensação de tempo perdido"), tenho a acrescentar para a segunda temporada apenas que não só a duração é reduzida, mas também a quantidade de episódios. Vago e sem graça? Sim, mas assim também é a série. 

Love, Death and Robots (2a. temporada), 2021