Este ano o Oscar é marcado por mais uma(s) daquelas infames e absurdas omissões. Como que, dentre no mínimo quatro ou cinco possibilidades inquestionáveis, Entre Mulheres não obteve uma indicação sequer para Atriz e/ou Atriz Coadjuvante??? Cabia até mesmo a de Ator Coadjuvante - mas não vamos falar sobre ele porque o filme é sobre elas. Sobre elas, por elas, com elas... e para todos. Pesado (mas sem ser apelativo ou forçado), poderoso e relevante (mesmo que com falhas), o longa não só é dolorosamente inspirado em fatos reais recentes mas também ressoa desvios comportamentais, culturais e morais assustadoramente presentes na nossa sociedade.
Entre Mulheres (Women Talking), 2022
Comédia de humor-negro com crítica pesada aos ricos, influencers e a hierarquia social da atualidade, Triângulo da Tristeza esbanja falta de sutileza e aposta no repugnante e desagradável para expor seus personagens e escancarar seus pontos. Talvez pudesse até ser menos sofrível e funcionar como uma boa sátira, se não fosse tão longo, tão presunçoso, tão enfadonho. E tão desagradável.
Triângulo da Tristeza (Triangle of Sadness), 2022
Parecendo se passar no Lugar da Espera de 'Ah, Os Lugares Aonde Você Irá!', Living na verdade é uma adaptação de algo ainda mais desafiador -um filme de Akira Kurosawa, Viver- e dá conta do recado. Quieto e pequeno, mas universal, o filme utiliza de constatações óbvias e corriqueiras para, assim como o livro do Dr. Seuss, levar à reflexão e nos fazer inclusive repensar nossas próprias vidas.
Living (idem), 2022
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