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sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Sobre meninos e lobos (ou ambos)


Com um visual meticulosamente concebido, um elenco invejável e uma trilha sonora soberba de Hans Zimmer (às vezes até um pouco demais, a ponto de chamar mais atenção que a cena) Duna é, antes de mais nada, um grande feito que dispensa a (e nos faz esquecer da) existência da desastrosa adaptação de David Lynch. Ainda assim, é um filme que só engrena de fato após a primeira metade e não deixa de ser um pouco frustrante também por necessariamente depender de uma continuação. Não é spoiler dizer isto já que o "Parte 1" como subtítulo logo nos créditos iniciais (que foi escondido nas campanhas de marketing) é um claro presságio para o (pseudo) desfecho do longa (que se dá até de forma "cruel", com uma personagem dizendo "Isso é só o começo"). O alento é que a "Parte 2" acabou de receber sinal verde e vai de fato existir. Mesmo que só em 2023.

Duna (Dune), 2021




Ambientado praticamente em um local e focado em um personagem, O Culpado poderia muito bem ser uma peça teatral ou um podcast de ficção e prova o quanto a qualidade e a entrega do ator são cruciais nestes formatos. O talento de Jake Gyllenhaal conjugado com a condução sólida de Antoine Fuqua extrai o máximo de tensão das limitações de um roteiro que algumas vezes patina com a criação de situações implausíveis. (Comentário SPOILER: não consegui entender a escolha do título - ainda mais em português, que tirou qualquer surpresa da revelação na trama de fundo do protagonista)

O Culpado  (The Guilty), 2021




Em essência um whodunnit com (potencialmente) uma pegada sobrenatural, Um Lobo entre Nós é como uma mistura de Scooby-Doo para adultos com um Os Sete Suspeitos de terror. Muito bem dirigido, o longa só não é exatamente tão engracado assim quanto se acha e certamente se benefecia muito do carisma e da química da dupla principal, Milana Vayntrub e Sam Richardson. Boa diversão para o halloween.

Um Lobo entre Nós (Werewolves Within), 2021