Confesso que Avatar me deixou embasbacado quando vi no cinema (meu primeiro IMAX na vida), mas sem gerar uma longevidade cultural. No fim das contas, a história e os personagens não tiveram o poder de me cativar. Assim, as expectativas para a continuação estavam bem baixas e quase fui ver Avatar: O Caminho da Água "por obrigação". E, sim, novamente temos uma trama simplista, com mensagens bem básicas sobre ecologia, capitalismo e família, mas agora há uma clara evolução nos diálogos e no desenvolvimento de personagens. O visual novamente é nada menos que espetacular, seja em sequências de ação de tirar o fôlego ou simplesmente em momentos contemplativos da natureza exuberante de Pandora, e o grande feito é que são raríssimos os momentos em que o espectador sente que está assistindo a imagens geradas no computador e não a filmagens "de verdade".
Avatar: O Caminho da Água (Avatar: The Way of Water)
O título original em inglês é útil para distinguir este Pinóquio de tantas outras adaptações do livro de Carlo Collodi (duas até lançadas neste mesmo ano) e também para pontuar que, sendo de quem é, esta versão não é para as crianças muito pequenas. Morte, fascismo e conflito entre pais e filhos são os temas principais desta animação que, se não especificamente destinada a adultos, certamente os encanta com um stop-motion deslumbrante.
Pinóquio (Guillermo del Toro's Pinocchio), 2022
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