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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Tudo e o infinito


O título de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo é ao mesmo tempo enigmático e extremamente preciso. O filme é ação e filosofia, drama e comédia pastelão, fantasia e vida mundana, live-action e animação, metáfora e papo reto, originalidade e paródia, espetáculo e baixo orçamento (somente sete pessoas compõem a equipe de efeitos especiais!). É uma história pessoal e específica, mas universal, sobre maternidade, casamento, imigração, conflitos de gerações, diferenças culturais, dificuldade de comunicação, vida profissional, propósito, fé, amor, apatia, ódio. É isto e um pouco mais. Talvez muito mais. É realmente tudo. E, incrivelmente, funciona. Com um pouco para cada um, e o suficiente para todo mundo, é daquelas raras experiências que transcendem as telas e te acompanham de volta para casa.

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (Everything Everywhere All at Once), 2022





Existe uma pequena pérola escondida no acervo da HBO Max: a comédia de ficção-científica Dois Minutos Além do Infinito. A produção japonesa independente executa com maestria uma ideia interessante e, filmando como um único plano sequência em que as frações de tempo são importantes para a trama, os realizadores esbanjam planejamento e fazem desaparecer suas limitações de recursos. Não há na história uma mensagem profunda e há que se abstrair de um pequeno detalhe (quão grande é a extensão de energia elétrica daquele monitor???), mas perante o resultado, não importa. Com duração enxuta (e na medida), vale demais gastar uns minutinhos a mais com os créditos finais para ver cenas dos bastidores.

Dois Minutos Além do Infinito (Droste no hate de bokura), 2020




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